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Valderi Melo Valderi Melo
É jornalista profissional formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) desde 1994. Há mais de 20 anos escreve sobre a política alagoana.
24/05/2017 às 01:38

Renan fala em demissão de Meirelles, saída negociada de Temer e convocação de Constituinte

Para Renan, situação do presidente Michel Temer é desconfortável Para Renan, situação do presidente Michel Temer é desconfortável

Em discurso proferido na Comissão de Assuntos Econômicos, durante sessão que discutia a reforma trabalhista na tarde desta terça-feira (23), o senador Renan Calheiros (PMDB) adotou tom mais conciliador do que o que se tornou rotineiro em suas falas referentes ao governo Michel Temer. Embora tenha criticado a reforma em discussão e a celeridade dada para a aprovação do texto -- apesar de dizer estar de acordo com a necessidade de o parlamento conduzir reformas estruturantes para o país --, o líder do PMDB no Senado rechaçou a posição da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de defender o impeachment do presidente e defendeu uma transição rápida e negociada para o país, com a escolha de um novo mandatário e vice para o cargo até 2018.

"O melhor era que nós conversássemos com o presidente para que ele entenda seu papel histórico a cumprir, façamos uma transição negociada, rápida, elejamos um presidente da República e um vice-presidente da República, garantindo eleições gerais em 2018, com assembleia nacional constituinte", afirmou em fala acompanhada com atenção pelos demais senadores presentes na comissão.

Em seus minutos ao microfone, o peemedebista também adotou tom duro contra o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles -- um dos nomes cotados para disputar eleição indireta caso Michel Temer deixe o cargo -- por coletiva de imprensa feita na véspera. "Se fosse presidente da República, eu ontem teria demitido o ministro Meirelles, que saiu do silêncio do seu gabinete para dizer para a imprensa, em coletiva, que, com Michel ou sem Michel, ele ia tocar essas reformas no Brasil. O grau de complexidade que nós vivemos hoje no Brasil não comporta mais essa ingênua declaração. Isso é mais uma ingênua declaração que é posta contra o interesse nacional", declarou.

Em discurso bastante aplaudido na comissão, o ex-presidente do Congresso lembrou ainda a situação do senador suspenso Aécio Neves (PSDB-MG), criticando o fato de a casa legislativa estar discutindo a reforma trabalhista em meio a um "momento dramático" em que um ministro do Supremo Tribunal Federal (no caso, Edson Fachin, relator da operação Lava Jato na corte) afasta um parlamentar por decisão liminar.

"Nós hoje vivemos um momento dramático. Nós temos praticamente preso, mas recolhido em sua residência, sem poder falar com nenhum de nós, um dos maiores expoentes desta casa, (...) que foi afastado por uma liminar de um ministro do Supremo Tribunal Federal. Insistir para votar seja o que for sem que nós não resolvamos esse problema significa, em outras palavras, que nós estamos brincando de ser senadores e ser senadoras", disse Renan Calheiros.

Veja no vídeo abaixo


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