Depois de deixar a liderança do PMDB no Senado, o senador Renan Calheiros não tem dado trégua ao governo do presidente Michel Temer. Nesta terça-feira, 11, Renan voltou a ocupar a tribuna para condenar a aprovação da proposta de Reforma Trabalhista, que terminou sendo aprovada por 50 votos a favor, contra apenas 26 e uma abstenção.
Dos três senadores de Alagoas, somente Benedito de Lira (PP) votou favorável à proposta, que foi aprovada sem nenhuma emenda no Senado para que assim não tivesse que voltar a ser de novo apreciada pela Câmara dos Deputados. Renan e Fernando Collor (PTC) foram contrários ao projeto, que na opinião do ex-líder peemedebista retira direitos dos trabalhadores.
E Renan não tem aliviado nos ataques a Temer. Na segunda, em entrevista à Folha, Renan disse que o presidente era "líder" da "facção" de Cunha. Segundo o senador, o presidente era a "ponta do iceberg" comandado por Eduardo Cunha [ex-presidente da Câmara e preso em Curitiba], conhecido por atos de abuso do poder e chantagem de atores econômicos.
"Esse governo está no fim, parece morto, sangrando, sendo fatiado pelo açougueiro e o Senado não pode fazer de conta que não está percebendo a agilidade dessa degradação", diz ele. "O presidente da República está tendo que responder a denúncias do Ministério Público e mais do que isso, está tendo que responder a delações em série do grupo e da facção que pertenceu e liderou", disse Renan na tribuna.
(82) 996302401 (Redação) - Comercial: [email protected]
© 2024 Portal AL1 - Todos os direitos reservados.