OPINIÃO E INFORMAÇÃO Facebook Twitter
Maceió/Al, 25 de abril de 2024

Colunistas

Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
16/10/2017 às 09:42

2018 não terá nada de novo, na política de Alagoas. Vamos eleger velhas raposas ou raposinhas

A tendência nacional de apostar no NOVO, na política, está sendo disseminada, mas será uma grande furada. O que há é a alternância de pai para filho, neto, sobrinho, irmão, primo - ou então de pai e filho, e sobrinho, e irmão e primo etc

Em Alagoas a figura do novo está em evidência desde sempre - desde que o DNA seja o mesmo.

Focando nos principais nomes para 2018
Na verdade, a política de Alagoas é um verdadeiro VALE A PENA VER DE NOVO.

Citarei apenas oito personagens, dos quais sete estão no mandato e um é forte candidato a retomar o mandato.

Veja só como é interessante:
O senador Benedito de Lira é o decano da turma. Aos 75 anos, tem 45 de vida pública, desde que foi eleito vereador por Maceió, aos 30 anos de idade.

O senador Renan Calheiros tem 62 anos, sendo 39 de vida pública, desde que foi eleito deputado estadual, aos 23 anos.

O ex-governador Teotonio Vilela Filho tem 66 anos, sendo 28 exercendo mandato político, desde que foi eleito senador em 1986, aos 34 anos. É importante destacar que Teotonio cumpriu o segundo mandato como governador, mas deixou o sobrinho, Pedro Vilela, na Câmara Federal.

Recapitulando:
Benedito foi eleito aos 30 anos
Renan, com 23
Teotonio, com 35

O outro senador é Fernando Collor de Melo, que tomou posse como prefeito de Maceió em  1º de janeiro de 1979, aos 30 anos. Collor tem 68 anos de idade e 38 de vida pública.

Fazendo um RAIO X do Senado, nas três últimas décadas apenas quatro senadores foram eleitos em Alagoas. O empresário João Tenório assumiu a segunda metade do mandato de Teotonio, que foi eleito governador em 2006.

A história se repete pelo DNA político

O governador Renan Filho tem 38 anos, sendo 13 exercendo mandato político, desde que foi eleito prefeito de Murici, em 2004.

O prefeito de Maceió, Rui Palmeira, tem 41 anos, sendo 11 de vida pública, desde que foi eleito deputado estadual, em 2006.

O governador é filho de Renan Calheiros. O prefeito é herdeiro político do ministro aposentado do TCU, Guilherme Palmeira, que teve 23 anos de vida pública, desde que foi eleito deputado estadual em 1966, depois governador, duas vezes senador e prefeito de Maceió.

Recapitulando:
Renan Filho já tem 13 anos exercendo mandato
Rui Palmeira, 11 anos.  

As apostas
O ministro do Turismo, Marx Beltrão, tem 37 anos de idade e 13 de mandato político, desde que foi eleito prefeito de Coruripe, em 2004, aos 25 anos de idade. Marx é o candidato da chamada “nova geração” a desbancar um dos veteranos no Senado - Renan, Benedito ou Teotonio).

Os dois nomes que representam a geração das redes sociais também são resultado do DNA político.  
O deputado federal JHC é a principal aposta da turma jovem. Conectado até com Mark Zuckerberg, o dono do FaceBook, é filho do ex-deputado João Caldas. Aos 30 anos de idade, tem sete de mandato, desde que assumiu a vaga deixada por Jair Lira, na ALE, em 2010. O deputado eleito faleceu antes de tomar posse. JHC era o primeiro suplente.

O arapiraquense Rodrigo Cunha tem 36 anos. É o mais novo da turma com mandato eletivo. Filho da saudosa deputada federal Ceci Cunha - assassinada brutalmente em 1998, logo após ser diplomada para o segundo mandato - está no primeiro mandato e não confirmou, ainda, se disputará a reeleição, se será candidato a federal ou vice, numa eventual chapa com Rui Palmeira como candidato ao Governo.

O resumo da ópera é que dos principais nomes para a disputa ao Senado, três são os veteranos mais longínquos da política alagoana e Marx, com DNA político do pai, João Beltrão, já tem 13 anos de vida pública. Eleito deputado federal em 2014 ocupa, com destaque, a pasta de Ministro do Turismo. É uma aposta alta – PARA TODOS os envolvidos.

Com exceção de Rodrigo Cunha e JHC, todos os demais candidatos chegarão às urnas, em 2018, com mais de uma década de vida pública.

Na Câmara e na ALE a maioria deve permanecer exercendo mandato ou indicando sucessores com o mesmo DNA. Sergio Toledo e Marcelo Victor vão trocar a ALE pela Câmara e Cícero Almeida a Câmara pela ALE. Há mais dois nomes que ensaiam fazer a mesma troca. No mais, será o mais do mesmo.  

A escolha é de cada um.

Comentários

Siga o AL1 nas redes sociais Facebook Twitter

(82) 996302401 (Redação) - Comercial: [email protected]

© 2024 Portal AL1 - Todos os direitos reservados.