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Maceió/Al, 28 de março de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
22/01/2018 às 09:30

‘Obama’ de Palmeira desafiou a elite política, ganhou reconhecimento do Ministério Público e agora dá aula de gestão

Júlio Cezar é um case de sucesso que deve ser compartilhado pela geração Y Júlio Cezar é um case de sucesso que deve ser compartilhado pela geração Y

Ele é um DA SILVA no poder. Preto, de origem humilde, o menino nascido em Caruaru (PE), no dia 24 de outubro de 1971, cresceu na contramão das estatísticas e ainda jovem, com o esforço da mãe (verdureira), teve garantido o direito de estudar, até concluir o curso de jornalismo.

Júlio Cézar da Silva, hoje com 46 anos de idade, é prefeito de Palmeira dos Índios, no Agreste de Alagoas. Eleito com 64,62% dos votos, não contou com o apoio da maioria dos antigos aliados políticos, sendo forçado a mudar de partido para trocar a Câmara Municipal, pela Prefeitura. A luta valeu a pena. Ele venceu e agora convence não apenas os palmeirenses, mas os colegas prefeitos e o Ministério Público, principal rival dos políticos corruptos.

Case de sucesso

Em apenas 12 meses de gestão, pode-se dizer que Júlio Cézar é um novo protagonista na política de Alagoas, que até ministra palestras para os colegas prefeitos, sobre boas práticas na administração

Júlio Cezar é um case de sucesso que deve ser compartilhado pela geração Y, que divide o tempo entre Twitter, Facebook, Whatsapp e Instagram

Assim como ele, há dezenas ou centenas de jovens alagoanos com potencial para ser protagonista, não apenas na política. Vale lembrar que daqui saíram três ex-presidentes da República (o que proclamou - Deodoroo que consolidou - Floriano e o primeiro eleito pelo voto popular - Collor, após o regime militar). Também é de Alagoas o único político que presidiu o Congresso Nacional por 4 vezes (Renan). A Terra dos Marechais continua produzindo ministros de Estado (são dois, na atualidade - Mauricio e Marx) e ministros em todas as esferas da Justiça.

Essa tal Democracia

Desde 1989, com a eleição de Fernando Collor à presidência da República, pós 21 anos com o regime militar (1964-1985), o Brasil passou a sonhar com a liberdade para atingir a prosperidade. Deu errado, como todas as mudanças de sistema político de antes.

Há muito tempo somos parte de uma democracia que não avança, que deliberadamente desencoraja as pessoas até a votar. Por isso o voto ainda é obrigatório. A máscara está no sistema eleitoral brasileiro, que cria barreiras e dificuldades, numa relação direta com a história, desde seu descobrimento.

Se o povo brasileiro não tem um líder, imagine Alagoas, que aos 200 anos vibra porque rodovias estão sendo duplicadas, hospitais e escolas públicas estão sendo construídos. Por aqui é novidade

Por este mesmo tipo de novidade milhares de alagoanos continuam à espera pela água potável nas torneiras e vibram quando o caminhão-pipa aparece.

Se um dia alguém cantar a epopeia das Alagoas teremos emoção, choro e desprezo pelo que não fazem a cada geração. Os atores principais da comédia política não aceitam novos protagonistas. Nas favelas e grotas “camelos” e “mulas” se intitulam líderes comunitários, mas não entendem que estão a serviço do comando, não para o povo. 

Revolução moral

Assim chegamos em 2018. Para a maioria avassaladora dos candidatos é tão somente mais um ano de eleição. O palco está sendo  montado, mas teremos velhos/jovens/conhecidos, de origens/siamesas e propostas/que/encantam.

As frases juntas são para que não separemos o joio do mesmo trigo. As opiniões são controversas, mas quem diz ter a própria opinião sobre política está certo, o que não pode é comprovar que tenha os mesmos fatos.  

A sociedade não apenas quer, como espera e precisa ser ouvida e inserida nas discussões, mas não apenas na campanha eleitoral.

A questão é saber quem é o “abençoado” que está, no mínimo, interessado nas futuras gerações. E não apenas na seara política.

Na Alagoas de sobrenomes “conhecidos” não há reconhecimento pela grandeza da obra.

Somos o que somos, porque não sabemos onde está a saída. 

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