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Maceió/Al, 19 de abril de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
06/04/2018 às 15:55

Família e Justiça mudaram os planos de Alfredo Gaspar

Um grande homem, pai, filho e servidor público exemplar. Esse tipo de ser humano existe, mesmo muito difícil de encontrá-lo. Alagoas, diferente do que muita gente pensa, tem de monte, mas o bem que fazem não faz barulho. Já os barulhentos, esses sabemos quem são e do que são capazes. Olha Alagoas onde chegou. Líder no índice de analfabetismo, Hospital Geral sempre lotado, lixões a céu aberto contaminando o meio ambiente, rios e nascentes. A maioria dos políticos que temos representam a escória da humanidade. 

E o que fazer para que novos e bons quadros substituam os barulhentos? Convocando os melhores. A crista da onda para as eleições de outubro vinha com JHC, Rodrigo Cunha e o procurador-geral do Ministério Público, Alfredo Gaspar de Mendonça. O grande homem, pai, filho e servidor público exemplar foi o nome escolhido para fazer a diferença no Senado. O clamor comoveu o “grandalhão" e a missão Brasília passou a ser real.

A possibilidade da candidatura de Alfredo ao Senado embaralhou o cenário. Do lado dos bons, o apoio voluntário estampado em milhares de veículos confirmava a esperança da mudança. Do lado contrário à moralidade, os plantadores de fake news não se intimidaram.

A candidatura de Alfredo cresceu e assustou tanto que o “Xerife" virou o coringa do jogo. De um lado foi escalado para o Governo, mas houve proposta para o Senado e para vice-governador. 

Como explicar a ascensão política, no meio político, de um servidor público temido pelos malfeitores do dinheiro público? Simples: Quando não há como derrotar o inimigo, junte-se a ele.

Nas últimas semanas o cerco a Alfredo Gaspar foi ampliado. Às vésperas de anunciar sua decisão ele conversou com os três líderes de blocos que  haviam convidado para o desafio político. Primeiro foi com JHC, a quem agradeceu e desejou boa sorte. Ontem, com Rui Palmeira e hoje com o Renan Filho, o procurador-geral deixou claro para o prefeito e o governador que está abdicando, pelo menos para o próximo pleito, do desejo pessoal e coletivo de milhares de alagoanos, de ser um dos nossos em Brasília. Argumentou o mais óbvio: ter ouvido e respeitado o apelo da família e a certeza de que precisa concluir seu legado no Ministério Público Estadual.

Nesta sexta-feira simbólica para o Brasil, com a prisão POR CORRUPÇÃO do maior líder popular do século, Alagoas deixa de ter um digno representante do povo e da Justiça, no lugar onde os lobos são maioria.

Hoje venceu a Justiça, mas a política não pode ficar sem os bons.

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