Paixões à parte e pegando o gancho no texto anterior Erros na condução das eleições em Alagoas deixarão “mortos” e sequelados a disputa
para as duas vagas ao Senado já está sendo chamada de “a Corrida Maluca”. Vou
mais longe: “Corrida Mortal”.
Há seis meses Benedito de Lira e Renan Calheiros eram vistos como imbatíveis. Hoje, segundo as pesquisas internas, lideram, mas ameaçados de perto por Rodrigo Cunha e Maurício Quintella.
Quem é quem?
Benedito, com a supervisão de Arthur Lira, é o que se
organizou melhor. Na linha de frente do PP nacional, pai e filho fizeram um
verdadeiro derrame de realizações e distribuição de milhões para os municípios.
Tudo dentro da lei (que fique bem claro). A diferença entre eles é que Arthur
luta para ser o mais votado e confirmar mais prestígio para presidir a Câmara
Federal. Já Benedito, recordista em realizações, sabe que uma derrota
representará o fim de linha trágico após 50 anos de vida pública. Benedito, se
perder, estará morto (politicamente falando).
Renan Calheiros é a bola da vez. Principal nome da política de Alagoas, em nível nacional, tem uma eleição complicada. Pelos números das últimas pesquisas lidera com Benedito, mas já sente a respiração dos concorrentes no cangote. Principal articulador dos prefeitos e da bancada federal, em todos os corredores de Brasília, Renan vive o mesmo dilema de Benedito: Tem o apoio e respaldo do filho, mas, se perder, também conhecerá o fim da linha, após 40 anos de vida pública.
Rodrigo Cunha é o nome da vez dos que se dizem indignados com a podridão política. Ao trocar a Assembleia pela disputa ao Senado arriscou seu futuro político (ascendente). Com dificuldade de relacionamento com os pares, a postura pode lhe custar caro. Dos principais nomes é o que menos sofrerá em caso de derrota, mas as sequelas podem lhe tirar do ciclo político.
Maurício Quintella continua surpreendendo. Aliás, é a grande surpresa da corrida ao Senado. Graças à adoção de Renan Filho, o ex-ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil é o que mais sobe (segundo as últimas pesquisas). Sobe nos números e nas alturas. Para quem não sabe, Maurício é o único dos candidatos ao Senado (pelo menos por quanto) que dispõe de helicóptero para visitar as bases. O fruto da aliança com os Calheiros e Marx Beltrão é a adesão de 58 prefeitos à sua eleição. Maurício está voando alto e demais, o que tem preocupado a todos. Assim como Benedito e Renan, Maurício sabe que a derrota representa o fim da linha (entre os grandes). Ainda jovem terá tempo para recomeçar (desta vez, sem helicópterlo e amigos de ocasião ).
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