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Maceió/Al, 28 de março de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
17/08/2018 às 08:36

Com 77% de rejeição, Collor e Renan Filho disputam o que sobra da aceitação

Os números do Ibrape e Ibope mais parecem um Control C + Control V: copiou e colou. Para os grupos, a diferença de 20% que separa Renan Filho de Fernando Collor (utilizando a margem de erro de 3%) é festejada no MDB e pelos Colloridos. Mas não é bem assim: Fernando Collor, pelo menos nos números iniciais da rápida corrida eleitoral, tem a rejeição de 50% dos entrevistados. Renan Filho, mesmo com o governo bem avaliado (segundo os dois institutos) tem rejeição de 27% (¼ dos alagoanos).

Sem entrar no mérito do achismo, a dupla que lidera neste primeiro momento não tem muito ao que festejar. Juntos, têm a negativa de 77% dos alagoanos. O exagero dos números diz muito pelo currículo do nome e sobrenome (Calheiros), por outro lado, Renan Calheiros lidera a corrida ao Senado, com média de 33%.

O que fazer, senhores?
Collor é um fenômeno eleitoral e líder das massas. Teve uma carreira meteórica desde que assumiu a Prefeitura de Maceió, em 1979, até chegar à presidência da república, em 1989. O impeachment mudou o rumo político de Collor, que amargou o ostracismo, até voltar a triunfar, em 2006, contra Ronaldo Lessa, em apenas 28 dias de campanha, deixando sem mandato o principal nome político do momento. Na reeleição ao Senado, em 2014, Collor obteve 689.266 (55.69%) dos votos, desta vez desbancando Heloísa Helena.  Neste mesmo pleito Renan Filho, então aliado de Collor, foi eleito governador de Alagoas, com 670.310 (52.16%) votos, contra Benedito de Lira, agora aliado de Collor.

O inegável se justifica
Collor é o Cara que chegou lá (à presidência da República). Saiu pela porta dos fundos e, anos depois, foi inocentado de todas as acusações que o levaram a ser tirado do cargo de presidente.

Renan Filho é o herdeiro político de Renan Calheiros, único senador a ocupar a presidência do Congresso Nacional por quatro vezes. Assim como Collor, Renan Calheiros tem sua vida revirada e colocada ao pré-julgamento da população brasileira. Muito, dos 27% de rejeição atribuídos a Renan Filho vem do sobrenome Calheiros. Mas seu jeito de fazer política e a postura, muitas vezes sarcástica, também lhe garantem pontos negativos, além de distanciá-lo de vir a ser um líder de massas.

O que esperar?
Gerações diferentes se encontram num momento ímpar para o país. Pelos números de todos os institutos de pesquisas a liderança de Lula (à presidência) e a aceitação de centenas de citados, indiciados e até condenados na Lava Jato mostram que a maioria da população está distante do tão propagado conceito de “mudança”.

Se é o que temos para este pleito, que votemos pela consciência do menos ruim para Alagoas e o Brasil.

E viva a Democracia! 

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