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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
14/03/2019 às 10:36

Povo de Palmeira dos Índios terá a oportunidade de escolher entre o que está dando certo e o errado

Vem de Palmeira dos Índios o maior exemplo de gestão pública de Alagoas. Não, não estou falando do prefeito Júlio Cezar, mas de Graciliano Ramos, que administrou o município entre 1928 e 1930, quebrando paradigmas ao promover transparência, zelo com a coisa pública e austeridade na gestão.  

Neste ano os palmeirenses festejam 130 anos, desde que Palmeira foi elevada à condição de cidade.

Durante décadas a quarta maior cidade de Alagoas passou por altos e baixos. Talvez pela garra dos índios Xucurus, a Princesa do Sertão (que está localizada no Agreste) não tenha sucumbido após seguidas decepções no comando político.

Em 2020 os palmeirenses serão o principal exemplo de escolha da Palmeira que eles querem. A decisão será pessoal, através das urnas. O eleitorado terá, pelo menos até agora, como nomes mais expressivos, Júlio Cezar (atual prefeito), James Ribeiro (ex-prefeito) e Ângela Garrote (deputada estadual), que esta semana transferiu seu domicílio eleitoral para o município.

Para minimizar os riscos de erro neste curto texto, o Palmeirense não precisa coçar a cabeça para decidir entre o certo e o errado.

Ex-vereador do município, o prefeito Júlio Cezar conta com o respeito do Ministério Público e Tribunal de Contas, confirmado nas diversas palestras sobre gestão e transparência, nos estados de Alagoas e Sergipe. Sobre o mesmo tema será o único prefeito palestrante no Encontro Nacional de Legislativos e Fórum da Mulher, promovido pela União Nacional dos Vereadores, que reunirá autoridades de todo Brasil, entre os dias 21 e 23 de março, em Maceió. Se Júlio Cezar tem o reconhecimento dos poderes, colegas prefeitos e legisladores, precisará convencer seu povo que o voto recebido está valendo a pena.

Mas o povo brasileiro, de memória curta, em situações diversas, muitas vezes esquece do sufoco que passou e sucumbe diante de apelos, pedidos e/ou dinheiro (na casa dos 50 reais) votando no que não deu certo. O ex-prefeito James Ribeiro é um ótimo exemplo do que não deu certo. Em 8 anos não acertou, não fez o sucessor e saiu pela porta dos fundos. Mas quer voltar.

A novidade, na terra onde Graciliano fez história também como gestor público, é a entrada da deputada estadual Ângela Garrote na corrida eleitoral para a Prefeitura, em 2020. É o tipo que faz medo, literalmente falando. Ex-prefeita de Estrela de Alagoas, onde o filho é prefeito, coleciona denúncias e condenação por malversação do dinheiro público. Aliás, está condenada a 23 anos e 2 meses de prisão, em regime fechado, acusada de integrar uma quadrilha que desviou dinheiro da merenda escolar, em Estrela de Alagoas. Não está presa porque cabe recurso da decisão. Só para que o povo palmeirense tenha motivos para saber mais sobre Ângela Garrote, Estrela de Alagoas, que ela comanda desde 2004, está entre os 200 piores municípios brasileiros para um ser humano nascer e viver. Dos 5.565 municípios, Estrela ocupa a 5.366ª posição.

Dica
A eleição que se desenha em Palmeira dos Índios dirá o que o povo quer, para o presente e futuro

O exemplo de Palmeira serve para os poucos municípios onde o gestor atual está correspondendo. Infelizmente... é a realidade que pesa para Alagoas não avançar, como deveria.  

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