É preciso separar o joio do trigo, para
entender melhor o fatídico episódio protagonizado pelo grupo de vândalos que
depredou o prédio-sede da Câmara de Vereadores de Maceió e enfrentou a força
policial.
Para entender melhor, sugiro a comparação com delinquentes que vão aos estádios de futebol, sentam lado a lado com torcedores e, de uma hora para outra, passam dos limites, arrumam confusão e o time acaba sendo punido, pela inexplicável ação de quem não tem noção do ato descabido.
Também é preciso que os servidores municipais compreendam que a Câmara Municipal, bem diferente da Assembleia Legislativa Estadual, tem comando, transparência e trânsito livre entre a comunidade e o parlamento. Pelo menos até hoje.
Divergir da decisão da Prefeitura de Maceió, cobrar direitos, pressionar vereadores, gritar e acionar a Justiça estavam no script desta terça-feira, mas o diálogo passou longe, dando lugar a uma quebradeira generalizada.
A falta de noção de um pequeno grupo acabou tirando a razão do protesto. Assim como um único torcedor faz seu time ser punido, o grupo de vândalos responsáveis pela barbárie na Casa de Mario Guimarães atacou quem poderia os defender.
Dando o outro lado da face
Diante da barbárie, “o presidente do
Legislativo, vereador Kelmann Vieira, decidiu suspender as atividades
parlamentares pelo restante desta semana. Apesar de lamentar o vandalismo
ocorrido nas dependências da Casa, Kelmann Vieira e toda Mesa Diretora afirmam
que seguem abertos ao diálogo para cumprir o papel de intermediar um acordo
entre o funcionalismo e o Executivo”. O que está entre aspas é a resposta cívica,
do Poder Legislativo, para o funcionalismo.
O posicionamento de Kelmann Vieira, de reunir os vereadores com os líderes sindicais, já nesta quarta-feira, diz o tamanho da responsabilidade que o Poder Legislativo Municipal tem com os servidores.
A reunião será às 16h, na sede da DEPREDADA Câmara, no bairro de Jaraguá.
Sobre a responsabilidade pela depredação, que os sindicatos tenham a decência de arcar com as despesas.
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