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Maceió/Al, 28 de março de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
09/07/2019 às 09:13

Os factóides e o golpe na eleição da UFAL

Vem ai um mais golpe. Onde? Na eleição da UFAL. Como diria Galvão Bueno: pode isso Arnaldo? Pode não... mas vai ter (ou vão tentar)...

A eleição para reitor da UFAL acontecerá no dia 8 de agosto, não é? É sim, só que não. O que? Confuso? Explico mais abaixo.

 Este é o ponto central do argumento do golpe. Atenção: a eleição de VERDADE para reitor da UFAL é feita pelo Conselho Universitário e esta acontecerá SOMENTE em outubro deste ano. Esta é a VERDADE. O que vai acontecer em 8 de agosto (e 15 de agosto, se tiver segundo turno) é somente uma “consulta à comunidade acadêmica”. SEMPRE FOI ASSIM E NÃO HÁ NADA DE NOVO NISSO!

Consulta”? Como assim?

Desta maneira: no dia 8 de agosto os estudantes, técnicos e alunos vão votar nos candidatos e candidatas à reitoria da UFAL. Só que esta “eleição” do dia 8 de agosto é “simbólica”. Por isso ela é “consulta à comunidade”, e não eleição. Ela é um gesto político, uma forma (somente uma forma!!!) de se ouvir a comunidade acadêmica.

Por ser “simbólica” e por razões históricas o voto nela tem o mesmo peso para todos os segmentos da chamada comunidade acadêmica. Somente na “consulta” o voto de todos os estudantes vale 33,3% do total, o de todos os técnicos vale 33,3% e o de todos os professores nesta “consulta” vale os mesmos 33%.

A tradição – mais uma vez atenção, falo aqui em tradição, não em legislação – sugere que o nome mais votado na “consulta” se apresente no Conselho e seja o mais votado na eleição – esta sim – que acontecerá neste Conselho em outubro.

Portanto, eleição para reitor, de VERDADE, acontece somente em outubro quando o Conselho Universitário escolhe 3 nomes que serão enviados para o presidente Jair Bolsonaro, em forma de lista tríplice. 

O Conselho é soberano e faz a eleição que vale na REAL. O Conselho pode, inclusive, escolher nomes que não participaram da “consulta”. Isto seria uma aberração, mas em tese seria possível. Este colegiado respeita e respeitará totalmente as normas de Brasília para a escolha do futuro reitor ou reitora. Sempre assim o fez!

E mais: o Conselho Universitário da UFAL possui cerca de 60 membros, representantes de todos os segmentos da comunidade acadêmica. Eles são eleitos e têm mandato. A proporção no Conselho é de 70% de professores e 30% de técnicos e estudantes.

Neste Conselho Universitário – ou seja – na eleição de VERDADE para reitor que é INDIRETA, o voto não é paritário. No Conselho, os votos dos professores têm peso de 70% e o dos técnicos e alunos tem peso de 30%. Isto é o que manda o Ministério da Educação. E isto vai ser respeitado integralmente na UFAL.

Só que tem gente querendo criar FACTÓIDE BUSCANDO O JUDICIÁRIO para confundir e dizer que a “consulta” é a eleição. Nada a ver! Já vimos que não. Eleição somente a do Conselho Universitário, com voto indireto, de 70% a 30%.

E mais: com este factóide e com pseudo ações na Justiça, querem melar a “consulta” dizendo que o voto desta “sondagem” à comunidade acadêmica também tem que ser na paridade de 70% (professores) a 30% (alunos e técnicos). 

Ora, 70% a 30% é a paridade da eleição, que ocorre somente no Conselho, que será respeitada pela UFAL. A proporção de 33% para cada segmento (estudantes, técnicos e professores) é a da “consulta” que, repito, é “simbólica”.

Por fim, mais um factóide: estão propagando falsamente que são os sindicatos que estão conduzindo a eleição da UFAL. Desde a redemocratização, são os sindicatos (e também o Diretório Central dos Estudantes) que organizam a “consulta à comunidade acadêmica”. 

Até porque a “consulta”, de novo, é simbólica. Quem faz a ELEIÇÃO, dentro da lei e de acordo com resoluções e notas técnicas do MEC, é o Conselho Universitário. E esta ELEIÇÃO não será a de agosto... e sim a de outubro...

O edital da “consulta” foi debatido em assembléias, com ampla publicidade. O rito da eleição foi debatido e aprovado no Conselho Universitário. Também de modo transparente.

A quem interessa dar um golpe na eleição da UFAL? Aguardemos mais uma ação sem fundamento a entupir nosso tão congestionado Poder Judiciário. 

O choro é livre. Assim como colocar nomes na disputa, medir o sentimento da comunidade na “consulta” e se apresentar no Conselho para a ELEÇÃO em outubro. 

Buscar ganhar no tapetão é feio. 

Muito feio.

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