Após oito anos de domínio do PSDB, com
Teotonio Vilela Filho, e os oitos anos de Renan Filho (MDB), as duas siglas mais
expressivas da política alagoana, nos últimos tempos, estão ameaçadas de perderem
espaços estratégicos.
Sem nome competitivo para 2020, os tucanos trabalham com duas possibilidades, mas nenhuma com candidatura própria. A turma ligada ao presidente estadual está agindo para uma aliança com JHC (PSB). Já o grupo de Rui prefere a indicação de Alfredo Gaspar de Mendonça. O imbróglio para os tucanos está no compromisso com o pleito de 2022. É que ninguém confia em João Caldas da Silva, pai, tutor e fiador de JHC.
No caso do MDB, que não vence na capital desde 1988, quando Guilherme Palmeira derrotou Renan Calheiros. Aliás, desde aquele ano nenhum nome do MDB ou apoiado por Renan venceu na capital. E a seca deve continuar. Também sem nome competitivo o “velho” Renan mostra que não abre mão do projeto de poder, de 20 anos, para o governo de Alagoas. Ele já sabe que o perfil introspectivo (politicamente falando) de Luciano Barbosa não agrada, não soma e ele não faz o dever de casa para ciscar para dentro. O projeto Luciano tem dado tanto errado que nem o Plano B (candidato a prefeito de Arapiraca) será colocado em prática. Lá, o MDB vai – mais uma vez - com Ricardo Nezinho.
O nome da
vez para o Estado
Quem
conhece Renan Calheiros sabe que ele age – sempre – em silêncio. Mas nunca
deixou de emitir sinais de fumaça para o que pretende. O prefeito de
Cacimbinhas, Hugo Wanderley, eleito e reeleito preside a Associação dos Municípios
Alagoanos graças ao “abraço” de Renan acaba de ser lançado – extraoficialmente
para o grande público – como o nome do MDB para suceder Renan
Filho.
Como sei
disso?
Pelos
números recentes do Ibrape, que coloca Hugo Wanderley com 94% de aprovação em
Cacimbinhas. Ao serem perguntados sobre a opinião em relação à administração do
prefeito 47% responderam ótimo; 47% bom; 3% regular 3%; ruim 2%, péssimo 1%,
não sabe 0%.
Sobre os números excepcionais, mesmo sem realizações significativas, Hugo Wandeley foi claro: “só posso atribuir essa aprovação à proximidade de nossa gestão com a população”.
Detalhe determinante
Hugo é filho do médico José Wanderley Neto, amigo de primeira ordem de Renan, que o indiciou como vice-governador no primeiro mandato de Teotonio Vilela. É uma questão de confiança. Como você sabe, Renan é Renan.
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