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Maceió/Al, 18 de abril de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
23/09/2019 às 08:32

Se a Gazeta estivesse nos melhores dias, Renan Filho estaria com risco de impeachment

Nem Divaldo Suruagy, nos piores momentos do seu último governo - findado no fatídico 17 de julho de 1997, com bombas, tiros e correria, que só cessaram com o anúncio do pedido de licença, por tempo indeterminado, do então governador, eleito em 1994 com a maior votação para o cargo no país – apanhou tanto da Gazeta, quanto Renan Filho, nesse segundo mandato.

Aliás, com esse mesmo método de pressão, a Gazeta tentou sufocar o governo de Ronaldo Lessa, mas a motivação era outra: Collor vislumbrava utilizar o poder da Organização Arnon de Mello para emplacar a candidatura de Euclides Mello, ao governo, contra Ronaldo Lessa, nas eleições de 1998. À época só o Gape (instituto de pesquisa da OAM) apontava que havia possibilidade de êxito que, mais tarde, virou fiasco e o Gape acabou ganhando o apelido de GAFE.

Agora, o enfretamento de Collor contra Renan Filho tem motivações (no plural) que estão à margem dos princípios do bom jornalismo. O que não quer dizer que as denúncias diárias nos veículos da OAM não tenham fundamento ou sejam inverídicas.

Talvez seja porque a ofensiva esteja “corrompida” com o ódio, a mágoa, o arrependimento e a vingança. São quatro itens que se tornam determinantes para uma estratégia míope, até agora, sem efeito.

Vale destacar que a Gazeta tem história, profissionais gabaritados e o maior alcance da comunicação no Estado. Se realmente a linha editorial focar no ponto “G” da gestão estadual, dificilmente o governo escapará ileso e as sequelas podem inviabilizar o “plano de vida política do governador” ou o “projeto de poder dos líderes do MDB” para as eleições de 2020 e 2022.

A estratégia de Collor está baseada nos segredos de Las Vegas (EUA) – o que acontece aqui, fica aqui. Veja se não é estranho: o que sai diariamente no www.gazetaweb.com (o portal de notícias da OAM) não repercute no www.g1.com.br/al (o portal de notícias da Globo no Estado, que fica dentro do prédio-sede da OAM) ou na TV Gazeta (afiliada da Globo no Estado). Sabendo que Renan Calheiros figura entre os principais alvos da Globo.

Sem a devida repercussão – NACIONAL – até os deputados de oposição não se sentem confortáveis para abrir o pedido de impeachment de Renan Filho, em meio ao bombardeio gazeteano.

Se a Gazeta estivesse nos seus melhores dias e a ALE fosse mesmo “independente” certamente a história seria diferente. 

Importante: 
Todo pedido de impeachment começa por uma CPI. Será que o convite da ALE para que secretários expliquem fatos isolados de suas pastas é o primeiro sinal de fogo? Talvez seja a estratégia da água mole em pedra dura. 

Lembre:
Em 1994, Suruagy recebeu 79,39% dos votos válidos. 
Em 2018, Renan Fiho foi reeleito com 77,30%.
Quem achar que tamanho de votação impede impeachment...

Ou é tudo fake news?

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