OPINIÃO E INFORMAÇÃO Facebook Twitter
Maceió/Al, 29 de março de 2024

Colunistas

Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
16/01/2020 às 08:57

Eleição em Alagoas é a mais cara do Brasil. Envergonhe-se

O assunto aqui é política. O ano é eleitoral e as eleições municipais são o primeiro passo para toda e qualquer mudança. É no município onde tudo acontece, mas não temos muito a comemorar. Os clãs não abrem mão do poder e o proletariado político não consegue se livrar das amarras. Também por isso, Alagoas tem a campanha eleitoral mais cara do país. Se você não sabia, envergonhe-se.

Eleição em Alagoas é um péssimo negócio para mais de 95% dos participantes. É um big brother que já começa com favoritos ao prêmio, neste caso, o mandato em disputa.

Ganhar eleição por aqui, mesmo caro, é muito fácil. O problema de quem entra no jogo não é a vitória, mas o que fazer com ela. A maioria dos prefeitos e vereadores – inclui-se aí os derrotados - termina o pleito com dívidas até o pescoço. Os vencedores terão quatro anos para recuperar o investimento. Para facilitar a contabilidade, aliam-se ao prefeito (a) eleito e dão início a mais quatro anos sem o mínimo de compromisso com o povo que o elegeu. Certamente porque a maioria dos vencedores não chegou lá pelo apoio popular nas urnas, mas pelo comércio, sempre em alta, da compra de votos. É um negócio: o candidato compra o voto, que é pago no dia da eleição.  Pagou, votou... tchau, democracia.

Até agosto, período das convenções, o dinheiro vai circular no comércio informal das arrumações políticas. Para coligar e apoiar também tem que pagar. Uma questão pouco levantada em época de eleição é de onde vem o dinheiro da compra de votos. Coisa parecida com o mistério do dinheiro do crime que paga bancas de advocacia. Em ambos os casos não tem nota fiscal, comprovação de idoneidade – NADA. Paga-se pelo serviço e tchau, moralidade.

Preste a atenção de agora até 4 de outubro. Sua localidade vai estar infestada de políticos. Em muitos casos deputados estaduais e federais estarão mais presente. Por quê? Para quê? Hahaha... para prestar conta das ações é que não é.

4 de outubro: mais um Dia D – de mudança – com pouca adesão popular (para mudança).

Envergonhe-se.

Comentários

Siga o AL1 nas redes sociais Facebook Twitter

(82) 996302401 (Redação) - Comercial: [email protected]

© 2024 Portal AL1 - Todos os direitos reservados.