O paraíso está um verdadeiro caldeirão. Na belíssima Barra
de São Miguel, o point do carnaval e da política, turistas, nativos,
políticos e seus puxa-sacos e autoridades se esbaldam com os iguais. Isso só acontece no carnaval.
Do governador ao vereador, juiz e desembargador, empresários e lobistas, todos têm um ponto de apoio na Barra. É lá onde o ano começa. É lá onde a granfinagem do judiciário inicia a pauta do ano, com a turma da política e afins. Afinal, é carnaval e não há como incriminar alguém que se encontrou no meio da folia e convidou para uns drinques em sua bela casa de veraneio. Na Barra, esse tipo de farra é cultural.
Pois bem, neste ano de eleições municipais o hit é o “Separa e Junta”, de autor desconhecido, cujo enredo fala de traições, desilusões, aproximações e reaproximações. Pode até parecer um clichê, mas não é.
Na política o enredo não obedece a sequência de acontecimentos da história, a rede de situações que os personagens vivem, a trama das ações que fazem ou que sofrem.
No caso do hit “Separa e Junta” a construção mistura cenários inimagináveis, com alianças desfeitas e arestas apagadas.
Ao final do belo frevo, as palavras “tamo junto”, “eu tô fora”, “vamos nessa”, “ninguém segura” e “Separa e Junta” mostram muito bem como será o pleito eleitoral no Estado.
Da Barra de São Miguel, ao final do carnaval, mais de 50% das articulações políticas terão sido encaminhadas. Também ficará combinado quem vai acertar as contas ou ter problemas com a justiça.
Fala-se, nos bastidores, que no comparativo com o que acontece na Barra de São Miguel, a trilogia de “O Poderoso Chefão” passa longe da máfia que une, separa, mata, prende e manda soltar. Há quem diga que House Of Card, sucesso da Netflix, foi baseada na realidade vivida nos meses de janeiro (férias) e fevereiro e março (carnaval), na Barra de São Miguel.
É brincadeira, mas faz sentido.
(82) 996302401 (Redação) - Comercial: [email protected]
© 2024 Portal AL1 - Todos os direitos reservados.