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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
16/04/2017 às 21:00

É verdade: "a imprensa toda sabia... sempre soube"... #vergonha

Maquiavel, em sua obra prima O Príncipe, foi categórico ao afirmar: Independente da forma, todo regime político é legítimo se o poder não estiver concentrado nas mãos de um único grupo social.

Está claro. Precisamos de pouco para entendermos, compreendermos e aceitarmos que o Brasil chegou ao que estamos vendo, fruto, justamente, da concentração dos 21 anos de poder na ditadura (1964 – 1985) e 13 anos dos governos do PT, com Lula de 2003 a 2010 e Dilma, de 2011 a 2016.

Passamos da excessiva repressão à promíscua corrupção. E se alguém perguntar pelos oito anos do PSDB, com FHC, prefiro focar nas informações de Emílio Odebrecht, fundador da empreiteira que se apossou do Brasil, no governo do PT. “Isso começou há 30 anos, mas começou a tomar essa proporção há 10 anos”, disse. Ou seja: com o governo do PT.  "O que me entristece é que a imprensa sabia disso. E porque não disseram antes?", questionou Emílio Odebrecht, em depoimento de delação. 

Há cinco anos, tempos depois de Barack Obama chamar Lula de “O Cara”, o ex-presidente americano se disse impressionado com a grandeza do Brasil, que passava por uma crise moral generalizada, mas seguia de pé.

Após a divulgação dos vídeos com trechos das delações de executivos da Odebrecht, percebe-se que Obama acertou em cheio. Lula era mesmo O Cara, responsável pela desordem que fez jorrar bilhões de dinheiro público, até o submundo dos políticos, ministros, desembargadores, juízes e conselheiros corruptos.

Mas o Brasil é o retrato de seu povo. Temos aquilo que plantamos. Negamos às Diretas Já e aceitamos um presidente que não foi eleito pelo povo (José Sarney). Em seguida, o Brasil disse sim, nas urnas, a um desconhecido nacionalmente, que se dizia Caçador de Marajás. Nos primeiros anos pós-ditadura aceitamos o jogo jogado pelos políticos, que plantaram vento para colher corrupção.

Já com o Brasil caminhando para a Ordem e Progresso, com a moeda estabilizada e a inflação em níveis aceitáveis, para aqueles tempos, o Partido dos Trabalhadores chegou ao Poder com a missão de garantir dias melhores, principalmente aos mais humildes. Os fins, neste caso do PT, não justificam os meios e, portanto, as conquistas dos governos Lula e Dilma não justificam o assalto que comandaram ao país.

O Brasil, senhoras e senhores, tem o melhor sistema de governo. Mas não tem governo. O pior é saber que seus quadros não têm moral para pedir nossa confiança. Collor (da elite) e Lula (do povo) eram apostas da maioria de uma nação à espera de um milagre. Para nós, alagoanos, culpar Renan Calheiros, Teotonio Vilela Filho, Benedito de Lira e seu filho Arthur e até Collor, novamente, não resolve. Estão lá pelo nosso sim.

Daí, imagino, temos que engolir a frase: cada povo tem o governo que merece.

Não prejulgue. Não julgue. A culpa é minha e sua. Eles nos representam e vão continuar representando. Em Alagoas, para 2018, o que temos - por enquanto - é:

Renan Filho (de Renan Calheiros)
Rui (filho de Guilherme Palmeira)
Marx (filho de João Beltrão)
JHC (filho de João Caldas)
Teotonio Vilela (filho do Menestrel)
Collor (filho de Arnon de Mello)
Benedito de Lira, filho da sorte.



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