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Maceió/Al, 28 de março de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
29/04/2017 às 08:26

Verdade está em greve geral desde o descobrimento do Brasil

O Brasil tem 14 milhões de desempregados. 
O Brasil (de tantas riquezas) tem a oitava economia do mundo, mas ocupa a 79ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
O Brasil, mesmo com toda riqueza, está entre os 10 países mais desiguais do mundo.
O Brasil gasta 47% do seu orçamento para pagar a dívida pública.

Aí eu pergunto: A culpa é de Michel Temer? Não precisa nem responder, porque sabemos que não.

O Brasil é uma mentira desde o seu descobrimento. Há várias teses afirmando que não foi Pedro Álvares Cabral. Mas nos livros de história está lá, que foi ele, sim.

O Brasil também é uma mentira desde a proclamação da República. Há evidências que Marechal Deodoro deu um golpe para gritar “Independência ou Morte”?

O Brasil continuou uma mentira para que tivéssemos o Golpe Militar. Há evidências de que mataram os presidentes Juscelino Kubitschek e João Goulart.

O Brasil seguiu na mentira quando acreditou nas Diretas Já. Há depoimentos e evidências indicando que o presidente Tancredo Neves, eleito “indiretamente”, mas que brigava pelas Diretas, foi quem trabalhou nos bastidores do submundo da política para que “ELE” fosse eleito. Ganhou, mas morreu antes de ser empossado. Em seu lugar assumiu José Sarney, o vice sem voto, assim como Michel Temer.

O Brasil continuou uma mentira com a eleição – aí, sim, direta, do então Caçador de Marajás, Fernando Collor de Mello. Em meio a uma série de denúncias e caixa dois, coisa parecida, mas com muito menos evidências ao visto nos governo Lula/Dilma, o hoje senador Fernando Collor sofreu o impeachment. Lula, a quem Collor havia derrotado nas urnas, era a “voz da verdade”, a “voz dos pobres”. No lugar de Collor assumiu o vice, também sem voto, Itamar Franco. Há evidências de que tenha sido o menos letal entre os presidentes pós ditadura. Foi no governo de Itamar que a economia brasileira deu sinais de estabilidade, com mais uma troca de moeda, passando por URV até chegar ao Real nosso de cada dia.

O Brasil, pelos números da economia e inflação “controlada”, acreditou em Fernando Henrique Cardoso, o FHC. Em meio a uma série de mudanças, o modelo de privatizar - Entende-se por privatização o processo de transferência de órgãos ou empresas estatais (pertencentes ao Estado, portanto, públicos) para a iniciativa privada por meio da realização de vendas, que costumam ser instrumentalizadas a partir de leilões públicos. Diferentemente do que muitos imaginam, esse processo é considerado comum, ocorrendo de forma menos intensa no Brasil desde a década de 1980. No entanto, podemos dizer que o Brasil ingressou, de fato, na era das privatizações a partir dos anos 1990, com destaque para o Governo FHC. Ao todo, foram privatizadas mais de 100 empresas, que, até 2005, geraram uma receita de 95 bilhões de dólares, o que, corrigindo para valores de 2013, equivale a 143 bilhões de dólares – foi o carro-chefe da terceira derrota de Lula à presidência (ele já havia perdido pra Collor e o próprio FHC).

O Brasil entrou na maior mentira da história desse país, justamente quando cansou de ouvir tantas mentiras. Lula, em sua quarta tentativa, chegou ao Poder com o discurso de mudar o Brasil e garantir aos pobres uma vida digna. Foram oito anos de mentira, carregados com a maior carga de corrupção já vista neste país. Em alta com suas falácias, Lula elegeu Dilma Rousseff. O PT seguiu o modelo assistencialista, dando ênfase em programas sociais, como os Bolsa... O Brasil, como vinha desde o governo Itamar Franco, seguia crescendo, mas Lula fazia tanta propaganda do Brasil "dele", que uma hora a marolinha "dita por ele" acabou com a onda do Partido dos Trabalhadores. Dilma, assim como Collor, deram lugar a um presidente sem voto. Portanto, se com Collor não foi golpe, imagine com Temer.

O Brasil, caros amigos e amigas, é uma mentira desde o seu descobrimento, em 22 de abril de 1500 (será que foi nesta data mesmo?) há de se duvidar. Também acreditávamos que tínhamos apenas um presidente, mas a Lava Jato nos mostrou que eram dois desde que Lula resolveu nomear, de forma indireta (ou seja, sem voto) Marcelo Odebrecht.

Esse é o Brasil que temos. É o Brasil que vemos pelas redes sociais, a onda do momento. Em tempos de modernidade, onde pensamos que tudo se ver, assistimos as mesmas mentiras. Senão vejamos manchetes da imprensa desde o “Grito dos Sindicatos”, realizado ontem.

Duas manchetes no UOL – o maior portal de notícias do Brasil: 

Força Sindical fala que 40 milhões de trabalhadores aderiram à greve no país

Temer diz que "pequenos grupos" bloquearam rodovias e avenidas e não cita greve

Aí está o Brasil que temos. 

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