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Maceió/Al, 29 de março de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
29/05/2017 às 08:59

É hora de saber o que queremos e de que lado estamos

Línguas negras denunciam os políticos que temos e o povo que somos Línguas negras denunciam os políticos que temos e o povo que somos

O que esperar de um país onde até a caneta da lotérica fica acorrentada? Pior: quando não conseguem levá-la, roubam a carga.

O que esperar de um Estado quando o governador transforma em GRANDE realização, a construção de escadarias em grotas na capital, onde comunidades marginalizadas vivem sem saneamento, esgotamento, escolas, unidades de saúde e praças de lazer? O pior: 99,99% das casas e barracos destas mesmas localidades estão em áreas invadidas e a maioria nem registro de compra e venda tem.

O que esperar de uma capital – um dos principais roteiros turísticos da América - onde o prefeito monta caravana para inaugurar pontos de luz (iluminação pública) e gastar dinheiro público com mídia para anunciar a construção ou reinauguração de praças? O pior é saber que a maioria das áreas públicas da capital, que deveriam servir como espaços de lazer, estão tomadas pelo mato e servem de ponto para o consumo e o tráfico de drogas.

Pior ainda é ter a convicção de que as línguas negras - que despejam parte do que somos no mar de Maceió e nos rios que margeiam as cidades atingidas pelas enchentes - denunciam HÁ DÉCADAS os políticos que temos. Mas também nos condenam pelo povo que somos.

Não é hora de culpar o outro. Com ou sem chuva os dias têm sido difíceis. Esta não foi a última enchente que tivemos, não são as últimas famílias desalojadas, desabrigas e enlutadas que agora lamentamos e nos solidarizamos.

Portanto, senhoras e senhores, está mais que na hora de saber o que queremos e de que lado estamos.

Arrisco, quando digo que temos dois dois melhores quadros dos políticos que temos à frente do Governo de Alagoas e da Prefeitura de Maceió. Optaram pelo ajuste fiscal como base para a governabilidade. A acertada decisão colocou Alagoas na contramão da crise financeira. Mas estamos muito atrasados. Os índices ainda assustam e se Renan Filho e Rui Palmeira (eles são a base deste exemplo) ganham pontos com coisas tão pequenas é porque antes deles nem isso fizeram.

O futuro político deles, é bom que fique claro, depende deles e de nós. Que façam o melhor que puderem e que façamos a nossa parte, para que tenhamos dias melhores.  

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