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Atenção! Pesquisa falsa pode matar o seu futuro

Desde a eleição de Divaldo Suruagy, em 1994, um candidato não caminha a passos tão largos para uma eleição tranquila, ao Governo do Estado. Maior nome da política alagoana de sua época, Suruagy foi eleito pelo PMDB com 79,39%, contra 9,97% de Pedro Vieira (PP), segundo colocado. Foi um passeio, com a dupla siamesa Teotonio Vilela Filho/Renan Calheiros ao Senado.

Para quem não conhece a história de perto, saiba que Suruagy foi traído e viu seu legado chegar ao fim no dia 17 de julho de 1997, quando às 13h35 a “covarde Assembleia Legislativa” não suportou a pressão popular e decidiu pelo afastamento de Suruagy, do governo, por seis meses. Assumiu Manoel Gomes de Barros, o Mano. Homem de pulso forte e estilo coronel das Alagoas, Mano solucionou a crise financeira e ainda botou a gangue fardada na cadeia - não poderia ter marketing melhor para sua eleição, no ano seguinte.

De estilo conservador, Mano - ao que tudo indicava - teria a reeleição garantida. Afinal, havia devolvido aos alagoanos a sensação de segurança e a estabilidade financeira. Não foi o que aconteceu. Mano - que contava com a estrutura governamental e um exército de “aliados” - também sentiu o desgosto da derrota (à época, pouco provável para muitos). Venceu Ronaldo Lessa, que iniciou um novo ciclo político em Alagoas, mas isso é outra história.

Agora em 2018 o nome da vez para ter uma reeleição tranquila é Renan Filho. Bem avaliado nas pesquisas, tem vários focos de atuação, com destaque para o ajuste fiscal, construção de hospitais, escolas em tempo integral, 100 ginásios de esportes e obras estruturantes, como os eixos CEPA e Quartel, além de rodovias, como a que ligará Maceió a Arapiraca.

Diante do cenário que observamos, muita coisa deve-se tirar de lição com os exemplos da própria “vida política”. O sereno, educado e muito bem articulado Divaldo Suruagy sucumbiu num piscar de olhos, mesmo com know-hall inquestionável. Dos 41 eleitos em 1994, sobreviveram ao tempo 8 notáveis, que farão a diferença nas urnas, em 2018: Renan Calheiros, Benedito de Lira, Luiz Dantas, Rogério Teófilo, Antonio Albuquerque, Chico Tenório, João Beltrão e Gilvan Barros.

Cronologia dos tempos e dos crimes

Em 1994 Alagoas vivia o ápice dos crimes de mando, a maioria atribuídos à famigerada gangue fardada, comandada pelo temido coronel Cavalcante (segundo a Justiça). E quem também imaginava que Cavalcante caísse como caiu: preso, desmoralizado e sem farda? A gangue fardada era realmente cruel, mas haviam outros mandantes de peso em Alagoas. Desse mal não estamos curados, mas os crimes de mando estão em baixa (amém).

Em 2017 a Justiça alagoana fará um esforço tremendo para evitar que em 2018 haja uma epidemia de crimes eleitorais, encabeçados por míopes, que trocam a espingarda, o rifle, a pistola e os 38 pelos 'institutos de pesquisas'. A carapuça só serve para quem serve ao senhor (com s minúsculo).

Atenção Justiça, senhoras, senhores e jovens eleitores! Se as redes sociais mudam seu comportamento, cuidado com as pesquisas, elas podem mudar seu futuro.

Alagoas, não duvide, por algum motivo está se livrando dos crimes de mando, mas num risco medonho de entrar para o crime de “pesquisa por encomenda”. É menos letal, porque o efeito é para o futuro.  

Não é premonição, é realidade: Renan Filho segue para uma vitória MUITO mais tranquila, em comparação com a eleição de 2014. Já ganhou? claro que não. Longe disso. Erros derrotam a vitória. Tempestades acabam plantações. 

Por fim: o futuro a Deus pertence. 

No mundo real: Exércitos só são utilizados quando o adversário assusta.