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Maceió/Al, 25 de abril de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
19/07/2017 às 16:05

Pressão militar a esta altura é atirar os direitos contra a razão

O Brasil passa pelo maior pente fino econômico e moral de sua história. De laranja, passando pelo PIB da economia, até o mais alto escalão da Justiça e política muita gente está na arca da sacanagem que balançou o país.

Daí vêm os mesmos exemplos de que Alagoas está na contramão da crise, com salários em dia e investimentos em obras sociais e estruturantes, com ênfase na infraestrutura, educação e saúde.

Os tempos atuais apresentam um novo momento para os alagoanos, tão cansados de assistirem seus representantes políticos na imprensa nacional, no papel de vilão.

O ciclo atual, que se apresenta sólido, não pode correr o risco de virar bolha, justamente pela falta de compreensão de quem já passou nove meses sem receber o salário. Os 20 anos que separam ao 17 de julho de 1997 nos exige lembrar da maior crise política de Alagoas, justamente no governo de Divaldo Suruagy, um líder sereno, que caiu diante da fraqueza e covardia de muitos que se diziam “amigos” e “aliados”.

O ajuste fiscal planejado e executado pela equipe econômica do governador Renan Filho tirou o Estado do caminho do caos. O conhecimento técnico do governador foi determinante para que Alagoas seguisse na contramão – desta vez da crise e dos equívocos.

Comparar pessoas e governo é algo complicado para um jornalista, mas os adversários políticos Renan Filho e Rui Palmeira estão fazendo o dever de casa. Neste ano o Estado ainda conseguiu 6,29% de reajuste, mas o município ainda não. Os servidores, pelo menos a maioria, compreenderam e aceitaram o argumento do governador de que foi no limite do possível. 

Aí vêm os militares, que têm feito um brilhante trabalho no combate à violência, com o discurso de pressionar o governo por mais um pouco no reajuste. Pressionar a esta altura é atirar toda munição contra a razão que têm de reivindicar. Sem comparações com qualquer outro governo, o Estado tem feito muito mais que o dever de casa, que é honrar os compromissos com servidores e fornecedores. Faço a defesa ao governador porque parece em campanha eleitoral continuada, quando diariamente aparece em algum local, senão dando ordem de serviço, entregando algo a população.

Os servidores do município de Maceió e os estaduais devem dedicar um pouco do tempo que têm para analisar o cenário nacional e pesquisar na linha do tempo. 

Em apoio aos servidores (e militares), pelo atraso encravado há anos, realmente têm muito a cobrar, mas a culpa da má gestão não deve ser atribuída a Rui e Renan Filho. Eles, claro, ao encarar os desafios, também se comprometeram com o ônus, mas é aí onde direito e razão não se entendem.

Que os gestores continuem fazendo mais que o dever de casa e que os servidores permaneçam lutando pelos seus direitos. Polícia deve dar pressão é nas ruas, como tem feito para que Alagoas continue fora do pódio dos mais violentos do país.

Quanto ao cumprimento do escalonamento para os militares está claro que não há condição - agora. Porque se houvesse, assim teria sido feito, também em reconhecimento pelo que a tropa e a estrutura da segurança pública tem realizado.

Direitos e razões. É preciso que se entendam, para a segurança de todos.

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