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Maceió/Al, 20 de abril de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
27/07/2017 às 13:50

Crise com Rogério em Arapiraca é sina dos tucanos em início de governo

Rogério sente o peso do ônus deixado por Célia Rocha Rogério sente o peso do ônus deixado por Célia Rocha

Parafraseando Lula da Silva, ninguém na história política deste Estado sofreu mais que Teotonio Vilela Filho nos primeiros meses de governo. Greve geral em tudo.

Teotonio estava pagando uma conta sua, porque era o ônus do cargo. Foram dias difíceis para o tucano, que conseguiu a reeleição e hoje, sem mesmo anunciar candidatura, aparece bem em todas as pesquisas (pré-eleitorais) para o Senado.

Quando Rui Palmeira assumiu no primeiro mandato também arcou com o ônus do cargo de prefeito da capital. Exercitando a “sabedoria tucana” Rui saiu do caminho das pedras e o resultado da reeleição contra Cícero Almeida todos lembram.

O professor Rogério Teófilo é o meio termo entre Teotonio e Rui Palmeira. Também está pagando neste início de gestão o ônus da administração de Célia Rocha. A coisa estava tão preta que a primeira-dama do Agreste desistiu até da reeleição. Alegou problema de saúde e agora volta à cena política por uma das vagas na Assembleia Legslativa ou Câmara Federal (a depender do cenário).

Em Arapiraca a crise com Rogério Teófilo não tem dia nem hora para terminar, mas certamente o mestre das salas de aula vai dar uma lição “tucana” para pular a fogueira. Daqui a uns dias, quando a duplicação da AL-220 e as obras do aeroporto estiverem em andamento muita coisa mudará. Daí o crítico oposicionista pode questionar: e o que Rogério tem com isso? Simples: essa é a parte do bônus do cargo.

Os servidores, principalmente os da educação, precisam compreender o cenário nacional, que só não abalou e quebrou de vez o Estado porque o governador Renan Filho logo tratou de focar no ajuste fiscal. Trouxe um especialista (o secretário George Santoro) que chamou a responsabilidade e hoje Alagoas é o Estado mais promissor em obras sociais e estruturantes do país.

Em Maceió o tucano Rui Palmeira também sofreu no início da gestão e terminou o primeiro mandato com aprovação nas ruas e uma interrogação com os servidores.

Neste momento os dois tucanos enfrentam dificuldade com os servidores. A reivindicação é justa, mas o modus operandi – principalmente dos educadores – é inoportuno e individualista. Reajuste (mesmo justo) em meio à crise nacional e aos cortes nas receitas é comprometer o todo. Os tucanos, por natureza (exceção apenas para o bombástico João Dória, em São Paulo), são marcha lenta, mas é melhor que assim seja.

No tenebroso cenário acredito que o comércio, que movimenta a economia, prefira a bronca momentânea dos servidores que o risco de quebradeira em Arapiraca, justamente uma das cidades mais promissoras do Brasil.

Não há governo sem crise. Melhor ainda quando ela vem logo no início da gestão.

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