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Maceió/Al, 18 de abril de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
28/08/2017 às 16:19

Renan Filho erra

O prejulgamento é uma arma covarde dos fracos. Por isso é necessário que as investigações da Controladoria Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF) sigam como tem que ser. Afinal, a denúncia de malversação do dinheiro público é grave e coloca Alagoas na contramão do caminho da legalidade. É importante destacar que o Estado, na gestão de Renan Filho, tirou nota 10 no quesito transparência. Assim sendo não há o que temer. Está tudo no Portal da Transparência, criado justamente para evitar a punição de inocentes e a inocência para culpados.

A denúncia é muito forte, com evidências claras de esquema e a população não pode ter dúvida. Alagoas segue numa direção contrária à maioria dos estados, inclusive os mais ricos e progressistas, como Rio de Janeiro,  Rio Grande do Sul e os vizinhos Pernambuco e Sergipe. Este ponto positivo deve-se ao planejamento da equipe de trabalho de Renan Filho. Contas em dia para servidores e fornecedores, ordens de serviços semanais, obras estruturantes em todas as regiões do Estado e a promessa da quebra de paradigmas nas áreas mais importantes do Executivo confirmam que Alagoas anda para frente. Não há o que questionar.

Não posso dizer o mesmo do posicionamento do governador sobre a matéria/denúncia exibida no Fantástico do último domingo. Culpar a imprensa foi um erro grosseiro e um desrespeito aos profissionais. Não foi a Rede Globo, eu ou nenhum companheiro jornalista que inventou a matéria. As investigações estão com base no que está - justamente - no premiado Portal da Transparência do Governo de Alagoas. Quem diz que há indícios claros e irrefutáveis de corrupção é a PF e CGU. Não houve prejulgamento dando conta da participação de Renan Filho nas denúncias.

Assim sendo, o prudente e esperado por mim - e acredito que pela população - é que o governador viesse a público e dissesse algo assim:

Foi com muita tristeza que assisti a reportagem do Fantástico do último domingo. Nosso governo tem feito o máximo para garantir uma saúde digna para os alagoanos. É por isso que estamos investindo pesado, com obras em andamento na construção do Hospital Metropolitano, em Maceió, construindo o Hospital da Mulher e uma nova Maternidade Santa Mônica, também em Maceió, construindo hospitais regionais, como o de Porto Calvo, na região Norte, duplicando o número de leitos na Unidade de Emergência de Arapiraca. No HGE nosso governo também investiu muito e há recordes nos atendimentos. Após as denúncias exibidas em rede nacional faço questão e farei o possível, inclusive pessoalmente, para que tudo seja apurado e, caso haja culpado, ou culpados, que sejam penalizados, porque não admito que o retrocesso político volte a pairar na cabeça dos alagoanos que aprovam o nosso governo”.

Cobrar e participar das investigações é o mínimo que a sociedade espera de um governante que trabalha para fazer história.

Culpar a imprensa e transferir o foco para a cortina de 29 mil reais é um erro grosseiro de alguém tão preparado.

Da mesma forma que eu disse não acreditar que o governador esteja envolvido no processo, digo que culpar a imprensa é um insulto aos direitos e à liberdade de informação.

Vamos torcer para que a verdade venha à tona e que não haja crime. E se houver que os culpados paguem e sejam penalizados, porque o SUS, mesmo pedindo socorro, é quem cuida das pessoas humildes de Alagoas e do Brasil.  

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