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Maceió/Al, 20 de abril de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
30/10/2016 às 19:52

Cícero Almeida colheu o que plantou

Acabou a eleição. Agora é juntar os cacos e refazer o desenho para 2017. O único derrotado do pleito foi Cícero Almeida. Não adianta somar perdedores. O PMDB teve seu candidato derrotado, e só, pelo menos por enquanto.

Cícero, se escapar da condenação da Taturana, seguirá seus dias em Brasília. Terá pela frente dias difíceis, porque este é o ônus do perdedor.

A indicação de Cícero para derrotar Rui talvez não tenha sido acertada. Mas ele era um dos nomes mais fortes para desbancar o prefeito tucano.

Para quem analisou bem a corrida eleitoral percebeu duas campanhas bem abaixo do esperado pelo eleitorado. Cícero exagerou na fé, inclusive mencionando conversas com Deus. Foi longe demais quando disse ter feito até a rua onde seu adversário nasceu (sic).

Já Rui saiu do tom algumas vezes e se mostrou debochado, principalmente nos debates. Foram dois personagens travestidos de candidatos, que não se encontraram durante a campanha.

Numa análise particular a decepção de Cícero nas urnas já era prevista. Sua votação para deputado federal foi um fiasco. Por pouco não ficou de fora e o eleitor de Maceió já havia ligado o sinal de alerta para ele.

O marketing de Cícero errou o alvo, errou o tom, errou na proposta e o próprio candidato errou os passos. Cícero começou falando de um possível atentado a mando de Rui e do presidente da Câmara, Kelmann Vieira. Depois cantou, dançou todo tipo de música e chegou ao ridículo quando dançou com um eleitor, até simular um beijaço na boca do rapaz, claramente alcoolizado.

Toda eleição tem que haver um vencedor e um perdedor. Perder faz parte do jogo. Cícero chegou longe demais e onde poucos imaginavam. Foram longos anos de luta, desde os anos como servente de pedreiro, taxista, operador de audio, radialista, até chegar ao estralato como repórter policial de TV. O mérito é dele.

Mas sua história se contradiz com sua vida pública. Em seis anos ele venceu para vereador da capital, deputado estadual e prefeito de Maceió, desbancando todos os caciques da época, como Renan Calheiros, Teotonio Vilela, Ronaldo Lessa e Fernando Collor, só para citar alguns nomes.

Cícero, que é natural de Maribondo, é um vitorioso e agraciado por Deus. Mas como ele há milhares. Politicamente falando também é um vitorioso. O problema é que, talvez tenha se achado “O Cara” e esse Cara” não existe na política.

Cícero fez muito, mas não fez milagre. Quando se intitulou de “O prefeito do concreto” talvez tenha maltratado demais a terra e acabou, neste dia 30 de outubro, colhendo as pedras que plantou.

Que fique como lição.    

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