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Maceió/Al, 24 de abril de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
31/08/2020 às 12:54

#Maceió2020: JHC é líder e solitário; Davi tem tudo e todos, mas não consegue ser; Ronaldo morto, está vivo e Alfredo tem canhão para estourar, mas sem fósforo

Indecifrável. É assim que observo a reta de chegada da eleição majoritária em Maceió. Há um mês a presença de JHC no segundo turno era a única certeza. Mas os big boss da nova política – com base no recall das eleições de 2018 – ainda estão na fase embrionária e o protótipo dos novos tempos corre o risco de sair de linha em 2020.

Os big boss são Rodrigo Cunha e JHC, até a eleição de 2018 a expressão da chamada nova política. A união dos dois era tida como xeque-mate, mas algo não foi construído seguindo os rigores da velha política, que aceita a traição, mas pune o traidor. O bastidor do ciclo que cerca os big boss é sombrio, com surpresas que estão minando a candidatura de JHC, ainda líder em todas as pesquisas, mas com o chamado teto alcançado. JHC é um líder solitário, sem vice e com correções a serem feitas o quanto antes.

Na contramão de JHC, Davi Filho ganhou tudo o que precisava, inclusive o apoio da maioria dos deputados estaduais, mas não consegue protagonismo. É o mais vulnerável entre os quatro nomes. Pode até surpreender, porque deste pleito tão revelador tudo é possível, inclusive o imponderável – no caso de vitória do jovem parlamentar.

Ronaldo Lessa tem sua última cartada. Se perder receberá o atestado de óbito político. Tido como morto é o solteirão mais badalado. Todos querem Ronaldo, inclusive JHC. Mas como querer um morto? Estranho, né? Pois é: Ronaldo está vivo e assombra as estruturas. Sua missão número 1 é chegar no segundo turno, o que parece ser bem provável pelo tamanho do seu capital político. Ronaldo está em observação e não tem outra saída que não seja vencer, seja lá como for.

Já Alfredo Gaspar de Mendonça conseguiu o canhão que todos queriam, mas a pademia o deixou sem agenda e ele tem feito o possível para ser conhecido e reconhecido como o candidato com o canhão da prefeitura e do governo do estado. Só que antes do tiro fatal Alfredo precisa limpar a pólvora antes de encontrar o fósforo que faça seu canhão disparar.

A moral da história nesta eleição emblemática de Maceió é que essa turma da política – novos e as raposas – nunca tiveram tão dependentes da verdade e da humildade. 

JHC pode ter parte da juventude e o apoio de Rodrigo; Davi pode contar com o capital financeiro que diz ter e o apoio da maioria na ALE; Ronaldo pode até surpreender o coveiro e Alfredo Gaspar pode até limpar a pólvora e evitar a implosão caseira, mas nenhum deles pode dizer, pelo menos até agora, que conta com o apoio da maioria do povo. 

Não sei se você sabe, mas em todas as pesquisas a dupla NENHUM DELES E NÃO SEI (de vice) lidera com folga na pergunta espontânea e venceria no primeiro turno, se a eleição fosse hoje.

Entende porque tudo pode acontecer?

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