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Maceió/Al, 29 de março de 2024

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10/09/2018 às 15:35

19ª Feira da Reforma Agrária comercializa 513 toneladas de alimentos saudáveis em Maceió

Durante todos os dias de feira, milhares de pessoas visitaram a Praça da Faculdade. (Fotos: John Clivani/Grito Na Luta e Gustavo Marinho) Durante todos os dias de feira, milhares de pessoas visitaram a Praça da Faculdade. (Fotos: John Clivani/Grito Na Luta e Gustavo Marinho)

Gustavo Marinho

Fruto da organização e da luta dos camponeses e camponesas de todo o estado de Alagoas, 513 toneladas de alimentos produzidos nos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária foram comercializados na 19ª edição da Feira da Reforma Agrária, em Maceió, entre os dias 5 e 8 de setembro.

Ao todo foram cerca de 250 feirantes, representantes de todas as regiões do estado que participaram da edição de 2018 da Feira que já é tradicional no calendário dos Sem Terra e da população de Maceió. De acordo com José Roberto, da coordenação do MST, a Feira em 2018 foi uma grandiosa expressão da organização e da resistência dos Sem Terra em Alagoas.

“Ocupar a capital com essa quantidade de produção, poder comercializar abaixo do preço do mercado convencional, mesmo com as dificuldades que enfrentamos em nossas áreas é a prova concreta da disposição dos camponeses e camponesas de lutar para transformar a cara do campo e da cidade”, destacou.

Segundo José Roberto, essa demonstração é fruto da resistência dos trabalhadores rurais frente à ausência de políticas públicas que estruturem e contribuam no desenvolvimento das áreas de Reforma Agrária. “O mérito dessa Feira é dos homens e mulheres que produzem alimentos saudáveis, transformando o campo alagoano em um espaço bom de se viver, mesmo com o descaso dos governos”.

A diversidade de produção também marcou a 19ª edição da Feira. Dos alimentos in natura, aos processados, passando pelos diversos tipos de artesanato, bolos e doces, a Feira trouxe para Maceió uma grande variedade dos frutos da luta pela terra no estado. “Isso tudo só é possível graças à organização e a luta dos camponeses e camponesas”, reforçou José Roberto.

A Feira

Além das 513 toneladas de alimentos, a Feira de 2018 trouxe grandes números em seu balanço final. De acordo com Margarida da Silva, da Direção Nacional do MST, a 19ª Feira da Reforma Agrária ampliou o diálogo com a sociedade maceioense em todas as suas dimensões. “Desde o Festival de Cultura Popular ao nosso restaurante, quem passou pela Feira conheceu um pouco da luta e da beleza do nosso projeto de Reforma Agrária Popular”, explicou Margarida.

De acordo com a organização da Feira, esse ano os números foram surpreendentes.  “Nosso Restaurante Popular serviu cerca de 320 refeições ao longo dos quatro dias de Feira, foram mais de 260 cuidados em nossa Tenda de Educação Popular em Saúde, além das 28 atrações que passaram pelos nossos dois palcos em nosso Festival de Cultura Popular”, contou a dirigente.

Os números que superam a edição de 2017, mostram a força e o apoio que a Feira tem recebido ao longo de sua história em Maceió. “De fato nossa Feira é uma marca não só para o povo Sem Terra, mas para a população de Maceió que já espera o MST no mês de setembro e cobra que a gente possa vir mais vezes para a capital com a nossa produção”.

“Depois desses quatro dias, dialogando com a população sobre a importância da realização da Reforma Agrária Popular, reafirmamos nossa disposição em seguir fazendo luta, ocupando latifúndio e lutando pelos direitos do povo brasileiro”, reforçou. “Nossa Feira volta para Maceió em 2019 para comemorar seus 20 anos e mais uma vez contar com o apoio, carinho e força do povo da capital que também abraça a nossa luta na cidade”.

Ascom MST/AL


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