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08/01/2017 às 19:58

O doidinho de Anadia

Sabino Fidélis de Moura (*)

Vestindo-se de gari, doando sangue, plantando árvore, renunciando ao salário, decretando calamidade pública e emergência, revogando leis e decretos, demitindo, passando a vassoura... ah! Nomeando e contratando também.

O que querem alguns prefeitos com isso?

Nada de anormal se não fosse o metiê de um prefeito municipal!

Mas, porém, contudo e todavia - o exagero tem revelado antes mesmo do previsto os fins para que vieram; nada de generalizações, pois, alguns gestores municipais tem o livre arbítrio - e é aí -; onde o "carnaval" particular acontece.

Como ilustração vou contar uma passagem de um amigo prefeito do vizinho e querido município de Campo Alegre. 

Álvaro Guimarães me confessou que conheceu uma personagem meio que inusitado, pela alcunha de "Doidinho de Anadia".

Esse encontro se deu, após o meu amigo prefeito fazer uso do possante Opala Diplomata do Executivo Municipal, para se deslocar até São Miguel dos Campos e lá se deliciar com o robusto e saboroso Passaporte - sanduíche, que à época fazia muito sucesso na região.

Claro que este ato acontecia após o expediente do executivo - era um mimo, que o prefeito fazia ao seu paladar.

E como o nosso Estado é pequeno - logo, quem queria falar com o prefeito e não conseguia no horário da labuta e no recinto da prefeitura, buscava disfarçadamente  a alternativa de ir ao famoso Passaporte.

Presença garantida no horário entre às nove ou dez da noite - Álvaro Guimarães estava lá no mínimo três vezes na semana.

Por ali, fregueses, transeuntes e curiosos se aglomeravam e entre o pedido e a entrega do referido lanche, cada um abria a boca e contava suas histórias, seus causos e bravatas...

E foi justamente em uma dessas "explicações políticas" feita pelo prefeito campo alegrense, que o "Doidinho de Anadia" mostrou sua expertise.

Álvaro, relatava que a prefeitura de Campo Alegre passava por uma crise sem tamanho, muitas dificuldades, endividamento, problemas em excesso, somente dureza!

Foi quando o personagem central - o "Doidinho de Anadia" bradou em alto e bom som: "Feche as portas dela, toque fogo e, passe uma procuração em meu nome, e me dê as chaves". 

A risada foi geral!

Ninguém  ficou com dúvidas de que era sobre a prefeitura que o anadiense estava se referindo e, muito menos, que mesmo depois dá anunciada tragédia, ele aceitaria o desafio de "tantas dificuldades"...

Janeiro é o mês de começar tudo!

Eu, aqui aproveito para desejar ao prefeito Celino Rocha, da terra por quem sou apaixonado, os votos de sucesso e muitas realizações em seu mandato.

Quem me conhece sabe que sou verdadeiro no que falo e escrevo... E até agora nunca me arrependi do que grafei!

Por motivo de respeito a nossa constituição não revelo em quem votei - o voto é secreto, mas toda a minha cidade sabe as minhas convicções e em quem votei!

Mas aprendi muito cedo, a respeitar as vozes roucas das urnas, a desarmar o palanque, a desconstruir o ressentimento - dando lugar a fé e a esperança!

O que não entra na minha cabeça, assim como também na do "Doidinho de Anadia" é a purpurina, o confete, o populismo, o carnaval fora de época, o puro jogo midiático! 

Que não são raros nos gestores, que apresentam isto como cartão de visita.

E para responder a pergunta lá do início - a resposta está na ponta da língua!

Estão querendo ser o que não são!

"A grande arma de qualquer bom político é o trabalho. O esforço, a perseverança, o trabalho constroem uma carreira" Ulisses Guimarães.

Hoje é dia de Reis!

Portanto, Viva a Esperança! Viva Janeiro! Viva Anadia! 

(*) É filho de Anadia e ex-secretário de Estado


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