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14/01/2018 às 09:04

Artesanato promove sustentabilidade ambiental e arte em unidade prisional

Reeducandos transformam matéria prima em obras de arte no cárcere - Foto: Jorge Santos Reeducandos transformam matéria prima em obras de arte no cárcere - Foto: Jorge Santos

Maysa Cavalcante

Desenvolver as potencialidades profissionais dos reeducandos e oferecer condições dignas para trilhar um novo caminho por meio do trabalho, com essas premissas a Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) investe na criação de oficinas nos presídios. No Núcleo Ressocializador da Capital (NRC) a oficina de Artesanato tem mudado a realidade dos internos ao aliar arte, conhecimento e sustentabilidade ambiental.

O espaço foi transformado com a cooperação dos reeducandos da unidade. Em um mutirão, os internos reformaram a área que era utilizada como depósito. Com a criação da oficina, os custodiados ganharam a oportunidade de desenvolver suas potencialidades artísticas em um local adequado. O espaço foi aberto há cerca de seis meses e conta com a participação crescente dos apenados.

 Agente penitenciária Polianna Bugarin (Foto: Jorge Santos)

"Técnicos da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur) virão analisar os trabalhos desenvolvidos pelos internos. Aqueles que estiverem aptos a receber a Carteira Nacional de Artesão terão acesso a linhas de crédito especial, o que contribui com a comercialização da produção artesanal, aquisição de matéria-prima e qualificação profissional", revela a assessora especial do NRC, agente penitenciária Polianna Bugarin.

Bugarin ressalta ainda que o recebimento de doações de matéria-prima é muito importante para a continuidade do projeto. "Madeira, tecido, tinta, papel e vidro são alguns dos materiais utilizados pelos reeducandos para a confecção das peças. Toda contribuição é bem-vinda, pois é através da transformação desses materiais em produtos artesanais que os internos também mudam de vida", disse.

 Reeducandos transformam matéria prima em obras de arte no cárcere (Foto: Jorge Santos)

O reeducando Jadielson Barbosa é um dos participantes da oficina. Ele destaca os benefícios da iniciativa. "Agora produzir as peças de forma mais tranquila. Além de ocupar a mente, o trabalho proporciona renda para a nossa família, já que podem comercializar os produtos. Temos o prazer de transformar materiais que iriam para o lixo em peças de arte, contribuindo com o meio ambiente. É muito gratificante", afirmou.

"Trabalho na oficina há seis meses e posso afirmar que é uma troca de conhecimento constante. Repassamos algumas técnicas que os companheiros não sabem e aprendemos com eles. O artesanato é uma forma de mostrar para a sociedade que queremos uma nova oportunidade e que podemos mudar", conclui Barbosa.






Fonte: Agência Alagoas

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