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18/06/2017 às 11:08

No complexo penitenciário, reeducandas dão primeiro passo rumo ao empreendedorismo

Ressocialização investe na autonomia profissional das apenadas através de parcerias(Fotos: Jorge Santos) Ressocialização investe na autonomia profissional das apenadas através de parcerias(Fotos: Jorge Santos)

Maysa Cavalcante

"Agradeço à Secretaria da Ressocialização por nos capacitar profissionalmente e por acreditar na nossa reintegração à sociedade", afirmou, emocionada, a reeducanda Daniele Constantino, após participar da oficina de Fichas Técnicas, ministrada pela consultora de designer do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Marcela Tenório. A iniciativa incentiva o empreendedorismo, gerando autonomia profissional para as internas.

A primeira etapa da capacitação aconteceu na segunda-feira (12), nas oficinas da Fábrica de Esperança no complexo penitenciário. Durante a aula, as reeducandas aprenderam a confeccionar fichas técnicas, padronizar os produtos confeccionados por elas e estabelecer o preço de venda, levando em conta aspectos como o custo da matéria-prima e tempo para a produção das peças.

A gerente de Educação, Produção e Laborterapia da Seris, Andréa Rodrigues, falou sobre a difusão do conhecimento profissional para formação das futuras empreendedoras. "Buscamos o apoio do Sebrae para profissionalizar as reeducandas, fomentando técnicas para calcular o faturamento e a lucratividade. Dessa forma, esperamos que elas alcancem a autonomia profissional quando cumprirem suas penas", explanou.

Marcela Tenório ficou surpresa com a estrutura das oficinas de artesanato. Para a consultora do Sebrae, a aplicação do conteúdo das aulas fará a diferença no resultado alcançado pelas internas. "Essa oficina será muito útil. Algumas já manifestaram a intenção de trabalhar com artesanato, utilizando as lições aprendidas para confeccionar e vender os próprios produtos como microempreendedoras individuais", esclareceu.

A reeducanda Daniele Constantino trabalha há dois anos na Fábrica de Esperança. A artesã produz peças utilizando a técnica de decoupagem. "Aprendi muitas coisas desde que entrei no sistema e pretendo utilizá-las quando sair. Hoje tenho a oportunidade de transformar um pedaço de madeira em um objeto de decoração, e é muito satisfatório. Com o curso descobri como organizar e conhecer o produto produzido por mim", disse.

Pintura em tecido, filé, bordado, tenerife e crochê, marcenaria artesanal e tornearia artesanal, serigrafia e corte e costura são algumas das oficinas em funcionamento no complexo penitenciário. Na segunda etapa da capacitação, na próxima semana, a consultora do Sebrae irá analisar os erros e acertos das fichas elaboradas por cada oficina, tirando as dúvidas das trabalhadoras.

"Esse é um serviço que exige muita prática. Pelo interesse demonstrado durante as aulas, acredito que as custodiadas alcançarão bons resultados", finalizou a consultora Marcela Tenório. Somente neste ano, a Gerência de Educação, Produção e Laborterapia já qualificou todas as internas inseridas nos trabalhos da Fábrica de Esperança.




Fonte: Agência Alagoas

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