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12/07/2018 às 14:00

Maceioenses são finalistas do Troféu Inova Jovem Empreendedor

Cerca de dois mil jovens moradores de comunidades periféricas de todo o Brasil foram capacitados para empreender em um negócio partindo do zero, com a metodologia By Necessity, da Agência Besouro. Destes, 30 finalistas concorrem ao Prêmio Inova Jovem Empreendedor, que será entregue na sexta-feira, 13.07, em Brasília. Todos participaram de programa da Secretaria Nacional de Juventude, do Governo Federal, ao longo do primeiro semestre de 2018. Além de aulas, os alunos permanecem incubados por 30 dias, com suporte presencial e online, para a garantia da continuidade dos empreendimentos.

Vidas foram modificadas com a possibilidade de geração de renda e histórias emocionantes tomaram conta do País. Diante deste retorno positivo, a Secretaria Nacional lançou a premiação. Trinta novos empreendedores foram selecionados para as finais nas categorias: a) Performance financeira: aumento do percentual da renda obtida no período; b) Histórico social: mudança social ocorrida, afastamento da criminalidade e da drogadição, busca por alfabetização; c) Inovação: desenvolvimento de uma área de negócios ainda não explorada no entorno.

Os finalistas de Maceió são da categoria Inovação. Gleidson Araújo da Silva encanta com seus brinquedos pedagógicos feitos à mão com madeira reaproveitada, e a nutricionista Thais Fermino espalha saúde pela cidade com a salada no pote da “Te Nutri”. (Conheça, abaixo, as histórias de Gleidson e Thais.)

“O aluno, em condições de vulnerabilidade social, completar 30 horas de estudo em sala de aula e sentir-se preparado para, contrapondo o cenário econômico, abrir as portas de um empreendimento, sem suporte financeiro, já é cenário passível de recebimento de premiação, independente dos resultados imediatos obtidos”, salientou o criador do método e diretor-presidente da Agência Besouro, Vinicius Mendes Lima.

O ato de premiação aos três primeiros lugares em cada categoria e homenagem aos demais 21 selecionados ocorre no próximo dia 13, na sede da Secretaria Nacional de Juventude - Pavilhão das Metas, Via VN1 - Leste - s/nº - Praça dos Três Poderes – Brasília/Distrito Federal.

Ser saudável faz bem e dá negócio

Mais do que um corpinho bonito, hoje é importante ter um corpinho saudável. Para ajudar aqueles que querem alcançar esse objetivo, surge a TENUTRI. A dona do negócio é a Thaís Firmino da Silva, 23 anos, de Maceió em Alagoas. Com o Inova Jovem, ela abriu os olhos para a potencialidade da sua ideia.

Por meio da divulgação em um programa de TV, a jovem empreendedora ficou sabendo do Inova Jovem. Ela ainda não sabia por qual caminho seguiria, já que estava em dúvida entre o plano A - clínica de nutrição, plano B - atendimento home care e plano C - saladas no pote. Sim, isso mesmo: o plano C acabou virando o plano A a partir do curso.

Então, tomou forma a TENUTRI: saladas que vêm em um pote. Na verdade, é muito mais do que uma salada: é uma refeição completa com direito a um carboidrato, uma proteína, um molho, um acompanhamento e quatro opções de salada.

Segundo Thaís, a iniciativa da Secretaria Nacional de Juventude proporcionou mais conhecimento para ela administrar o seu negócio. “Custo fixo, faturamento, custo variável e lucro, tudo isso para mim dentro do curso foi explicado de uma forma simples, mas super compreensível”, destaca.

A jovem empreendedora sempre pensou em “caminhar com as próprias pernas”, porém ainda não havia investido em algo que fizesse parte da sua área de atuação e formação, a Nutrição. “Com esse novo negócio, já me divulgo, porque o produto é entregue com um cartão onde informo que é produzido por uma nutricionista. Assim, a pessoa já se interessa mais”, explica.

É justamente esse ponto, o seu conhecimento na área nutricional, que Thaís acredita ser o que a difere da concorrência. Além disso, a praticidade que a TENUTRI proporciona. “Mesmo no corre-corre do dia a dia você tem como se alimentar bem”, acrescenta.

A divulgação do negócio é feita pelas redes sociais (Instagram e WhatsApp, por onde também são feitos os pedidos dos clientes), além de cartões de visita e panfletos. A meta de Thais é crescer e ampliar os negócios, levando uma vida saudável para mais e mais pessoas. “Quero mais pra frente abrir uma loja física, além da clínica de nutrição”, finaliza.

Rede social:

https://www.instagram.com/te.nutri/

Para viver de arte, basta empreender

Todo mundo tem seu lado artista. Porém, para alguns ele vai além do hobby e pode virar uma bela, literalmente, fonte de renda. Gleidson Maciel Araújo da Silva, 29 anos, morador de Maceió em Alagoas é a cabeça, alma e coração por trás da marca Pantera – Cultura em Madeira. Com o seu trabalho, ele transforma madeira em brinquedos, decoração e utensílios. Com o Inova Jovem, conseguiu colocar as ideias no lugar para fazer seu negócio decolar.

Ao saber do projeto pela TV, decidiu investir em conhecimento sobre empreendedorismo porque já nutria a ideia de ser autônomo. “Só tinha dúvidas sobre o tipo de negócio. Resolvi fazer o curso para ter uma noção básica de como funciona um”, explica. Há um mês, o artesão saiu da empresa onde trabalhava e agora está correndo atrás para trabalhar só com a venda dos produtos que confecciona.

Foi na adolescência que Gleidson aprendeu a fazer o que faz hoje. “Meu tio trabalhava fazendo peixes de madeira, me chamou e me ensinou. Trabalhei um tempo com ele e depois parti para empresas privadas. E agora resolvi trabalhar com artesanato em casa", destaca.

Com o programa da Secretaria Nacional de Juventude, o empreendedor passou a saber o que calcular e como identificar CF (custo fixo), CV (custo variável) e custo total. Ou seja, o conteúdo sobre finanças foi e está sendo muito útil para organizar o negócio. A maior lição, porém, é mostrar que ele é capaz – e muito! – de conseguir ganhar dinheiro com a sua arte. “Nos fez entender o que é o empreendedorismo e ver que não é só uma mega empresa”, resume.

O produto do jovem artesão por si só é o diferencial do negócio, isso porque ele é o único que fabrica brinquedos pedagógicos na cidade. “Só se compra pela internet e acho que a maioria não é feita de forma artesanal, algumas empresas fazem com corte a laser. E hoje a maior parte da minha produção é feita com pallets e madeiras que compro de catadores da comunidade. Dificilmente compro madeira na madeireira”, ressalta.

Gleidson conta com o apoio da esposa, Renata, que o auxilia na confecção das peças. “Ela é formada em terapia ocupacional, o que ajuda muito para definir brinquedos para a idade certa. Ela dá várias ideias, me ajuda em tudo”, acrescenta.

O momento agora é de organizar as coisas para começar o negócio a todo vapor e ir crescendo. “Estou fazendo algumas peças para definir os padrões. Quero comprar algumas ferramentas para produzir em escala, porque sem elas a produção é micro”, explica.

Por enquanto, a venda ocorre diretamente aos pais das crianças e pelo boca a boca. No futuro, porém, a meta do Pantera, seu apelido que também está na sua marca, é bem mais alta (e deve ser mesmo): ser uma referência em produtos artesanais na cidade de Maceió. Alguém duvida de que meta dada é meta cumprida?

Fonte: Assessoria


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