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Em café da manhã, empresários locais conhecem a iniciativa que busca criar laboratórios de robótica para capacitar jovens de comunidades carentes

“Investir no futuro é um grande negócio”. Esse é o slogan do Projeto Include, iniciativa do Instituto Campus Party que cria laboratórios de robótica para capacitar jovens de comunidades carentes, com o objetivo de identificar talentos e qualificá-los para o mercado de trabalho. Nessa quarta-feira (17) o Sebrae em Alagoas realizou um café da manhã, no Hotel Jatiúca, em Maceió, para sensibilizar empresários locais sobre a importância de investir na montagem e manutenção desses ambientes favoráveis ao desenvolvimento de iniciativas de negócios tecnológicos.

Lançado em São Paulo em fevereiro, o Projeto Include já conseguiu financiamento para a criação de aproximadamente 130 laboratórios, em diversos estados. Francesco Farrugia, presidente da Campus Party, que ministrou palestra durante o café, estimou que a instituição pretende financiar cerca de 400 laboratórios em todo o Brasil até o segundo semestre de 2019 e, em quatro anos, cerca de três mil.

Na oportunidade, Farrugia destacou a importância da iniciativa para as áreas abrangidas. “O Projeto Include nasce da necessidade de incluir jovens que moram em situações suburbanas, ultradegradadas, ou vivem longe dos grandes centros urbanos e jamais teriam a oportunidade de trabalhar com impressoras 3D, drones e realidade virtual, por exemplo. No Brasil, são 67 milhões de jovens que não têm acesso à tecnologia e, consequentemente, não têm inclusão social e econômica”, argumenta.

Em parceria com o Governo do Estado de Alagoas, o Sebrae busca mobilizar os empreendedores locais para que invistam no projeto. A proposta é que o Instituto Campus Party se responsabilize por todos os equipamentos eletrônicos e os empresários assumam os investimentos em mão de obra e manutenção do espaço.

Para Ronaldo Moraes, diretor técnico do Sebrae em Alagoas, a iniciativa também fomenta o empreendedorismo. “Temos muitas comunidades carentes, sujeitas ao assédio do tráfico de drogas e da violência, e precisamos alimentar os sonhos desses jovens de terem uma vida diferente. Empreender está muito ligado à capacidade de trabalhar com os recursos que estão à disposição, portanto, independentemente de a comunidade ser pobre ou não, se as pessoas são criativas e sabem lidar com a tecnologia, conseguem inovar”, analisa.

Lairson Giesel, superintendente da Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, enfatizou a relevância da parceria para firmar o Include no estado. “Percebemos a necessidade de trazer o projeto para Alagoas por ser inclusivo, diminuir as desigualdades e apresentar resultados muito rápidos. Como nosso estado ainda tem um índice de desigualdade muito grande, temos incentivado a vinda do Include para cá, fazendo a divulgação entre os empresários. Esse é o nosso papel, enquanto indutores da ciência e tecnologia”, afirma.

Para Fábio Guedes, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), a inclusão social por meio da tecnologia é um dos diferenciais do projeto. “Nós já vislumbramos o impacto que esse projeto teria, por exemplo, em regiões já beneficiadas com o Vida Nova nas Grotas, programa de mobilidade urbana e melhoria das condições de vida da população. Com o Include, levaríamos uma iniciativa de inserção tecnológica para essas comunidades, especialmente para os jovens que estão na informalidade”, concluiu. 

Fonte: Ascom Sebrae/AL