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20/01/2019 às 13:00

Maioria dos municípios da região Nordeste conseguiu reduzir suas despesas em 2017

Arapiraca foi uma das cidades do Nordeste que mais reduziu despesas em 2017 Arapiraca foi uma das cidades do Nordeste que mais reduziu despesas em 2017

Dos 24 municípios do Nordeste analisados pelo Anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), 15 conseguiram reduzir suas despesas municipais em 2017, quando comparado a 2016. O destaque da região foi Arapiraca (AL), que registrou despesa de R$ 520,7 milhões em 2017, valor 15,8% menor do que o do ano anterior.

Ainda no ranking das principais quedas de despesa está a capital Aracaju (SE), que reduziu em 9,5%; o município de Mossoró (RN), com queda de 8,6%; São Luís (MA), que teve retração de 6,2%; e Petrolina (PE), com redução de 5,7% no período analisado. Na outra ponta da tabela, os municípios que mais aumentaram suas despesas foram Juazeiro do Norte (CE), com alta de 8,9% em 2017 se comparado a 2016; Parnaíba (PI), que teve aumento de 5,9%; e as capitais João Pessoa (PB) Fortaleza (CE), com altas de 4,8% e 3,4%, respectivamente, no período analisado.

Além de analisar as despesas dos municípios, a publicação também traz informações sobre as receitas.Juazeiro do Norte (CE) foi a cidade da região Nordeste que mais aumentou sua receita em 2017: foram R$ 615,3 milhões, valor 21,1% maior do que os R$ 508,3 milhões de 2016. As pernambucanas Recife, Paulista Jaboatão dos Guararapes também aumentaram suas receitas em 2,6%, 2,3% e 1,9% no período analisado.

Por outro lado, a maioria dos municípios da região registrou queda em suas receitas. As maiores foram sentidas em Campina Grande (PB), com retração de 11,5%, e Teresina (PI), que somou R$ 2,4 bilhões em 2017, valor 10,4% menor do que os R$ 2,7 bilhões de 2016. Queda também em Imperatriz (MA), São Luís (MA) João Pessoa (PB), onde as retrações foram de 5%, 4,9% e 4,7%, respectivamente.  

Em sua 14ª edição, a publicação utiliza como base números da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentando uma análise do comportamento dos principais itens da receita e despesa municipal, tais como ISS, IPTU, ICMS, FPM, despesas com pessoal, investimento, dívida, saúde, educação e outros.

O Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil (Ano 14 - 2019) foi viabilizado com o apoio de Alphaville Urbanismo, APP 99, BRB, Comunitas, Guarupass, Hauwei, MRV, prefeitura de Cariacica/ES, prefeitura de Guarulhos/SP, prefeitura de Ribeirão Preto/SP, prefeitura de São Caetano do Sul/SP, Sabesp, Saesa e Sanasa.

As maiores receitas do Nordeste

Fonte: Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil

As maiores despesas do Nordeste

Fonte: Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil

Panorama Brasil

A economia brasileira apresentou uma ligeira melhora em 2017, quando o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu 1%, após dois anos de uma severa recessão, com uma queda acumulada do PIB de 6,9%. A saída da recessão possibilitou uma reação da receita dos três níveis de governo.

Com base nos dados extraídos do portal Compara Brasil e da Receita Federal é possível observar que nos dois anos mais agudos da crise econômica a receita total da União recuou 5,7%, em 2015, e 4,7%, em 2016. Em 2017, cresceu em 2,5%, excluindo-se os recursos extraordinários provenientes da Lei da Repatriação, tanto em 2016, quanto em 2017.

Já o conjunto dos estados, por sua vez, que havia registrado quedas de 4,3% e 5,4% na receita corrente nos mesmos anos, apresentou aumento de 2,4%, em 2017, também descontando-se os recursos da Lei da Repatriação.

A melhora do ambiente econômico também se fez sentir no âmbito municipal, que obteve um desempenho igual ao dos demais níveis de governo. A receita corrente municipal, que havia encolhido no biênio 2015-2016, em 2,3% e 2,6%, registrou um aumento de 2,1%, quando excluídos os recursos extraordinários advindos da Lei da Repatriação. “Importante ressaltar, entretanto, que mesmo assim, a receita corrente municipal ficou abaixo do patamar de 2014, o mais alto da série histórica” destacou o economista responsável pelo anuário Alberto Borges.

A receita total per capita média dos municípios brasileiros foi de R$ 2.740,02, em 2017. As regiões do país onde os municípios possuem as maiores médias são Sul e Sudeste, seguidas do Centro-Oeste. Nas regiões Norte e Nordeste, a receita total per capita ficou abaixo da média nacional.

De acordo com a FNP, em 2017, o resultado consolidado das contas municipais apresentou um superávit de R$ 13,35 bilhões, o maior desde 2002, ano em que se inicia a série histórica de dados compilados por Multi Cidades. Esse resultado positivo, equivalente a 2,4% da receita municipal, foi possível devido à política de contenção de gastos, notadamente dos investimentos, iniciada dois anos antes e que teve continuidade no primeiro ano de mandato das atuais administrações. Em 2015, primeiro ano da crise econômica, as despesas municipais foram reduzidas em 3,2%, no ano seguinte recuaram 2,5%, para voltar a cair 2% em 2017, quando atingiram R$ 547,31 bilhões. 


Fonte: C2 Comunicação


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