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06/12/2019 às 16:42

TJAL inaugura Centro de Solução de Conflitos na parte alta de Maceió

Novo Cejusc foi inaugurado na Faculdade Raimundo Marinho, localizado no Tabuleiro do Martins. Foto: Adeildo Lobo Novo Cejusc foi inaugurado na Faculdade Raimundo Marinho, localizado no Tabuleiro do Martins. Foto: Adeildo Lobo

Robertta Farias

Moradores da parte alta de Maceió poderão solucionar, a partir de agora, pequenos conflitos mais perto de casa. Na noite desta quinta-feira (5), o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), desembargador Tutmés Airan de Albuquerque, inaugurou mais um Centro Judiciário de Solução de Conflitos (Cejusc), agora na Faculdade Raimundo Marinho, localizada na Durval de Goes Monteiro, no bairro Tabuleiro do Martins.

“Isso é muito importante porque nós estamos criando um canal de comunicação do Judiciário com um bairro que parte da população é empobrecida, portanto precisa mais do que qualquer outra parte do nosso trabalho e esforço. E, neste caso, é um trabalho absolutamente significativo porque é destinado a evitar que o processo surja. Então, havendo conflito as partes vêm aqui, conversam e, se Deus quiser, convergem. Com isso, a gente faz com que a paz reine sem necessidade de que o processo surja, resolvendo o problema com muito mais agilidade”, disse o presidente Tutmés Airan.

Para o coordenador do curso de Direito da faculdade, Antônio Tancredo, além de beneficiar a população, esta é uma excelente oportunidade para os estudantes desenvolverem suas habilidades e competências dentro da própria instituição, sendo supervisionados pelos professores.

“É uma grande satisfação firmar esse convênio com o Tribunal de Justiça e agora trazer para a parte alta da cidade um Cejusc que funcionará para toda a comunidade de modo gratuito e tem como objetivo trabalhar a questão da conciliação, do diálogo acima de tudo, e também desenvolver práticas pedagógicas com os nossos alunos, na formação desses futuros profissionais para que eles possam desenvolver esses novos métodos de conciliação extrajudicial. Então o Cejusc para nós é um grande passo e contar com mais esse serviço”, contou o professor.

Presidente Tutmés Airan também falou sobre as medidas adotadas pelo Judiciário no combate à violência contra a mulher. Foto: Adeildo Lobo

O Cejusc funcionará todas as terças, das 8h30 às 12h, e quintas, das 14h às 17h, atendendo demandas simples, como problemas com relações de consumo e família, por exemplo. A unidade também colaborará dando apoio a mulheres vítimas de violência através da Associação Ame, uma organização não governamental acolhe mulheres vítimas de violência.

O coordenador geral do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Soluções de Conflitos (Nupemec), juiz José Miranda, falou sobre a importância do Judiciário se aproximar com ações e infraestrutura da população em geral. O magistrado explicou que a unidade vai buscar solucionar problemas em todas as demandas que couber acordo.

“Vai começar com o Pré-Processual, casos que ainda não foram judicializados, e pode ser que com o tempo, passe a atuar com o Processual também. A intenção é que as pessoas que tenham pequenas causas, como algumas de família, não precisem ir até ao Fórum ou até outro lugar para fazer um acordo”, comentou.

Palestras

Juíza Maysa Cesário falou sobre a importância de disseminar a cultura da paz na vida das pessoas. Foto: Adeildo Lobo

Após a inauguração do Cejusc, estudantes da Faculdade Raimundo Marinho assistiram a palestras sobre violência contra mulher. O presidente Tutmés Airan falou sobre as principais ações do Judiciário para auxiliar as vítimas, destacou os trabalhos dos juízes que atuam na área em Alagoas e lamentou que as mulheres ainda sofram com todos os tipos de violências dentro do próprio lar.

Na oportunidade, a magistrada Maysa Cesário, da 24ª Vara Cível da Capital, falou sobre a importância de disseminar a paz na vida de todos e apresentou o projeto Justicinha, que tem como objetivo ensinar, de maneira lúdica, crianças a utilizarem técnicas de conciliação e mediação no dia a dia. 

“Começamos lançando uma cartilha educativa na Bienal do Livro. Esse projeto quer repercutir a cultura da paz começando nas casas, nas escolas e trazendo ao conhecimento da população que o melhor é mediar, antes de ajuizar qualquer processo. Nós precisamos ensinar que podemos ser mediadores todos os dias em nossa casa, no trabalho e em todos os ambientes em que convivermos. Esse projeto está tomando um grande volto dentro da Justiça alagoana”, disse a magistrada, que foi autora da história contada na cartilha.



Dicom TJAL


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