Wadson
Regis
Depois do susto, do aperto e da “justa pressão” o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) fez o dever de casa e aceitou a denúncia que torna réu, no “Caso Dimas Holanda”, o deputado estadual João Beltrão (PRTB). Fez o dever de casa, não pela aceitação, mas pelo cumprimento de pauta. Era o mínimo que poderia fazer, depois do esvaziamento da última sessão.
O advogado José Fragoso, que faz a defesa do parlamentar, já avisou que vai recorrer da decisão. "Essa acusação não tem base empírica nenhuma. É um arrumado de última hora para interromper a prescrição".
A
sessão desta terça-feira foi presidida pela desembargadora
Elisabeth Carvalho, que só votaria em caso de empate. Aceitaram
a denúncia os desembargadores João Luiz,
Fernando Tourinho, José Carlos Malta, Sebastião Costa, Pedro
Augusto, Paulo Lima, Domingos Neto e o juiz convocado Maurílio
Ferraz.
A partir de agora o processo, que prescreveria no dia
3 de abril, ao completar 17 anos, passará a tramitar no Pleno do
tribunal, porque João Beltrão tem foro privilegiado.
O caso
O
bancário Dimas Holanda foi assassinado com nove tiros, no dia 3 de
abril de 1997, no conjunto Santo Eduardo, em Maceió. O Ministério
Público do Estado (MPE) acusa Daniel Luiz da Silva Sobrinho,
Eufrásio Tenório Dantas, Paulo Nei Moraes, Paulo Pereira dos Santos
e Valdomiro dos Santos Barros de serem os executores a mando de João
Beltrão. A motivação do crime, segundo a acusação, seria pelo
ciúme de João Beltrão com Clécia
Madalena de Oliveira, tida, ainda segundo a acusação, como amante
do deputado.
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