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Prefeito participa de diálogo temático da Plataforma dos Centros Urbanos Fotos: Marco Antonio - Secom

Thiago Aquino e Marcondes Leite (estagiário)
Secom 

O prefeito Rui Palmeira do participou, nesta quarta-feira, do segundo dia do diálogo temático da Plataforma dos Centros Urbanos (PCU), no auditório da OAB/AL, em Jacarecica. Objetivo do evento é avaliar os indicadores de Maceió relacionados aos direitos sexuais e reprodutivos de crianças e adolescentes. A Prefeitura de Maceió e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) são os articuladores do debate.

A PCU é uma iniciativa do Unicef desenvolvida desde 2008 para promover os direitos das crianças e dos adolescentes mais afetados pelas desigualdades intramunicipais nas capitais brasileiras. A 3ª edição da Plataforma, que vai de 2017 a 2020, está presente em dez capitais: Belém, Fortaleza, Maceió, Manaus, Rio de Janeiro, Recife, Salvador, São Luís, São Paulo e Vitória.

“É muito importante para o Município ter essa parceria com o Unicef. Na primeira PCU, somente três cidades participaram. Na segunda, Maceió e mais 6 cidades ingressaram. Pensar em políticas públicas para crianças e adolescentes é muito relevante para nós. Infelizmente, há um índice muito elevado de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e gravidez na adolescência em nossa cidade. A gente espera combater esses problemas com essas parcerias. É indispensável ouvir esses jovens sobre a realidade que os aflige em suas comunidades e em suas famílias”, lembrou o prefeito Rui Palmeira.

No diálogo, participam 50 instituições que estão relacionadas com a temática. Há representantes do Ministério Público, da OAB Alagoas, Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, universidades e técnicos municipais da área de assistência social, saúde e de educação.

“Estaremos realizando todo o dia de hoje e amanhã, o primeiro diálogo temático para esse novo ciclo. Nós estaremos discutindo sobre os direitos sexuais e reprodutivos de crianças e adolescentes. E, a partir daí, identificar o que cada instituição está trabalhando dentro desta temática. O resultado disso pode ser trabalhado em conjunto com o poder público. É um dia extremamente importante. Desejamos sair daqui com um plano de impacto coletivo construído por meio desta metodologia proposta pelo Unicef,  em colaboração com o Comitê Municipal da PCU, a partir da realidade de Maceió”, destacou a articuladora da PCU, Juliana Vergetti.

Juliana Vergetti – Articuladora da Plataforma dos Centros Urbanos de Maceió
“Iremos falar sobre a violação dos direitos sexuais e reprodutivos. Será trazido um panorama mundial e dos bairros da Capital sobre gravidez na adolescência, abuso e exploração sexual e as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), problemáticas que afetam a vida de crianças e adolescentes. Há a presença de parceiros na elaboração de metas para reduzir esses problemas. Para saber o que melhorou, o plano de ações será monitorado em 2020,” complementou Luiza Leitão, oficial do Unicef, que lembrou ainda a relevante participação dos jovens na discussão  para o desenvolvimento do plano de impacto coletivo.

Além das instituições, 15 adolescentes também participam diretamente dos diálogos com sugestões.  O estudante da Escola Municipal Guiomar de Almeida Peixoto, Leandro dos Santos, de 19 anos, integrante da Rede de Adolescente da PCU, estava feliz em contribuir com o debate.

Leandro dos Santos – Estudante
“Acho muito importante para os jovens participarem de uma discussão como essa. É interessante promover debates sobre gravidez precoce, violência e abuso sexual. Fora isso, os esclarecimentos sobre os locais onde as crianças e adolescentes podem recorrer é fundamental. Temos que lutar pelos nossos jovens. A população também precisa saber que qualquer forma de violência não deve ser tratada de forma natural”, enfatizou o jovem.

O ciclo de debates da PCU, que iniciou na última terça-feira (19), vai até esta quinta-feira (21). O evento coroa a parceria entre a Prefeitura de Maceió e o Unicef, que teve início em 2013 e foi renovada em 2017, com ações programadas até 2020.