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07/10/2018 às 11:21

Jovens contribuem com material educativo do Unicef em Maceió

Adolescentes de Maceió discutem proposta de material educativo com Unicef (Foto: Ascom Semas) Adolescentes de Maceió discutem proposta de material educativo com Unicef. Foto: Ascom Semas Adolescentes de Maceió discutem proposta de material educativo com Unicef (Foto: Ascom Semas) Adolescentes de Maceió discutem proposta de material educativo com Unicef. Foto: Ascom Semas

Flávia Duarte

Jovens atendidos pela Plataforma de Centros Urbanos (PCU) em Maceió deram uma grande contribuição para construção de material educativo que está sendo produzido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) sobre direitos sexuais e reprodutivos. Em oficina promovida esta semana pelo Instituto Ecos, eles discutiram o tema e propuseram como falar sobre o assunto com os adolescentes de todo o país.

O trabalho faz parte dos diálogos temáticos promovidos pela Prefeitura de Maceió com o Unicef dentro das ações de redução das desigualdades sociais proposta na PCU. De acordo com a representante do Instituto Ecos, parceira técnica do Unicef, Maria Adrião, a proposta é ouvir dos adolescentes que tipo de material e qual a linguagem são mais estratégicos para falar sobre o tema com os jovens.

“A gente está produzindo um material educativo que vai abordar este tema de sexualidade, gênero, gravidez na adolescência e direito à saúde que os adolescentes têm. A proposta é ouvir deles que tipo de material é mais estratégico para que estes adolescentes possam construir este material e outros adolescentes possam utilizar entre pares. Reunimos estes grupos, fazemos a escuta e, com a participação deles, vamos produzir um material educativo. Aqui em Maceió a gente entende, até agora, é que eles querem um material metade físico, metade digital, para acompanhar esta geração dos hiperconectados”, ressaltou Maria Adrião.

Para a articuladora da PCU em Maceió e secretária de Assistência Social de Maceió, Celiany Rocha, o trabalho de diálogo com os adolescentes é fundamental, uma vez que para falar com este público tem que saber qual a linguagem que eles usam. “Não adianta propor um material que eles não vão se sentir atraídos em consultar. Então, tendo os adolescentes como balizadores desse material que será produzido pelo Unicef, vai permitir que gere, inclusive, uma curiosidade nos adolescentes de saber qual o material que eles também participaram da construção. E, a partir daí, passar a divulgar nas comunidades e não somente nas comunidades mais carentes, como também em todas as classes sociais, afinal é um assunto diz respeito a toda sociedade”, disse a gestora.

Entre os participantes do diálogo, estavam Flávio Henrique, de 13 anos, e Renata Vitória, de 17. Assim como eles, outros jovens que são acompanhados pela PCU em Maceió puderam discutir o tema e propor um aplicativo falando sobre os direitos sexuais e reprodutivos, com linguagem mais acessível e ícones que atraem os jovens atualmente.

“É muito produtivo e gratificando participar de um momento desse, porque ainda hoje quando se fala em sexualidade e se fala de adolescente ao mesmo tempo, se torna um tabu e algo que não se pode falar. Aí ter a oportunidade de está em uma roda de conversa com outros adolescentes para falar sobre o assunto, fazer uma discussão de fato produtiva é algo gratificante, porque você sai sabendo de várias coisas que você absorve e leva para o seu município”, comentou Flávio Henrique, que representa Alagoas no Comitê de Participação de Adolescente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda).

Adolescentes de Maceió discutem proposta de material educativo com Unicef (Foto: Ascom Semas)

Adolescentes de Maceió discutem proposta de material educativo com Unicef. Foto: Ascom Semas

Renata Vitória defende a importância de quebrar os tabus e falar mais com os jovens. “Foi gratificante saber que eu pude contribuir de alguma forma com os direitos da criança e do adolescente, desconstruindo um tabu que vem sendo construído sobre o sexo e mostrar que isso está tão próximo da nossa realidade. É importante que os jovens se engajem e saibam mais sobre o tema”, enfatizou a jovem acompanhada pela PCU em Maceió.

Adolescentes de Maceió discutem proposta de material educativo com Unicef (Foto: Ascom Semas)

Adolescentes de Maceió discutem proposta de material educativo com Unicef. Foto: Ascom Semas

O planejamento com o Unicef é que o material educativo fique pronto até dezembro deste ano e que a partir de 2019 possa ser disponibilizado para todo o País. “Estamos percorrendo as 10 capitais atendidas pela PCU para saber o atrai esses adolescentes e qual o melhor material a ser produzido. A riqueza deste trabalho é ouvir os adolescentes. A gente pensou em produzir um material, mas produzir dentro da perspectiva de nós adultos é um olhar enviesado, por isto esse esforço riquíssimo de vir as capitais onde está a PCU e ouvir dos próprios adolescentes que material eles querem? Quais são os termos mais importantes? Que tipo de material? Qual a linguagem? Como este material pode ser acessado? Ele é totalmente digital? Ou ele tem q ser metade e metade? Então, a gente está aí neste processo de construção”, reforçou a representante do Instituto Ecos.

“Essa roda de conversa entre os próprios adolescentes é para facilitar essa troca de informação e experiência entre eles mesmo, tendo um facilitador do Instituto Ecos, que vem com toda uma estratégia de técnicas para facilitar este diálogo. Esse diálogo é importantíssimo principalmente porque acontece após o pré-diálogo de direitos sexuais e direitos reprodutivos. Faz parte de todo este processo que o município de Maceió em parceria com o Unicef de fortalecimento da rede de crianças e adolescente, estimulando o protagonismo, a participação cidadã destas crianças e adolescentes, mas também o conhecimento”, concluiu a consultora do Unicef para a PCU em Maceió, Juliana Vergetti.

Ascom Semas

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