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07/03/2017 às 14:10

Usina da Prefeitura favorece a sustentabilidade em obras

Entulhos da construção civil são reciclados na Usina e se transformam em material sustentável para obras na capital. Foto: Marco Antônio/ Secom Maceió Entulhos da construção civil são reciclados na Usina e se transformam em material sustentável para obras na capital. Foto: Marco Antônio/ Secom Maceió

Lucas Alcântara

Reativada pela Prefeitura de Maceió em 2014, a Usina de Asfalto produz parte do material utilizado em obras de infraestrutura na cidade, sobretudo na recuperação e recapeamento de vias. O local, situado na Área de Proteção Ambiental (APA) do Catolé, funciona há quase 30 anos e tem uma produção diária expressiva: cerca de 40 toneladas. O que chama a atenção na estrutura é que, além da massa asfáltica quente, a Usina também faz a reciclagem de entulhos da construção civil sem ferragens, que são triturados e transformados em um material completamente sustentável para a reutilização em obras.

Após a trituração em uma máquina adquirida pela Prefeitura, a chamada metralha se transforma em um pó que é acrescentado na massa do asfalto, sendo colocado após este processo em uma caldeira de alta temperatura para que se obtenha a mistura ideal e com vida útil longa para ser utilizada nos serviços coordenados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra). O material proveniente da Usina, além de gerar benefícios ambientais, refletem em uma economia significativa ao Município em relação aos custos. A estimativa é de, em média, 40% de economia dos recursos utilizados para comprar material.

Ontem (06), em visita à estrutura, o prefeito Rui Palmeira ressaltou a importância da Usina para a celeridade das obras e para a redução de custos com as obras executadas em toda a cidade. “Com uma usina de asfalto própria fica muito mais barato para a Prefeitura e as obras de infraestrutura de vias chegam para a população, que é o que interessa. Estamos fazendo cotação para avaliar a possibilidade de adquirir uma nova usina mais moderna. Esta está moendo bem ainda, mas já tem cerca de 30 anos. Queremos aumentar a capacidade de produção própria de asfalto para conseguir fazer ainda mais ruas de forma econômica”, disse.

Titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Semds), Gustavo Acioli reforçou, também na visita, o potencial sustentável do material produzido pela Usina. Com a reutilizada dos entulhos da construção civil, há a minimização dos danos ambientais à cidade gerados a partir do descarte inadequado da metralha em vias públicas, a exemplo da proliferação de doenças e roedores, além de contribuírem para o acontecimento de enchentes e para o assoreamento de rios e córregos. Assim, a reciclagem da metralha é um meio não somente de economia, mas também de redução da poluição em Maceió.

“Damos utilidade a um material que iria ser despejado em um descarte normal. Além disso, deixamos de comprar outros materiais que contenham produtos químicos pesados e que emitam gases prejudiciais à atmosfera. Desta forma, conseguimos alcançar um grande equilíbrio tanto pro desenvolvimento da cidade como para o meio ambiente. A Usina é, sem dúvida, um equipamento que traz benefícios de ordem econômica e ambiental, permitindo a produção de um material completamente sustentável que reduz a necessidade de aquisição da matéria-prima utilizada nas obras da Seminfra a outras empresas”, afirma Gustavo Acioli.

Os entulhos da construção civil processados na Usina do Asfalto são provenientes de empresas privadas especializadas na coleta deste material, que são obrigadas, conforme a resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a dar a destinação adequada destes resíduos. As construtoras e outras empresas também ligadas à construção civil devem seguir a mesma norma e, no caso de descarte irregular do material, todas estão passíveis de notificação, autuação e multa por se tratar de um crime ambiental. A fiscalização para coibir a irregularidade é regularmente realizada por equipes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial (Sedet) e da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum).




Fonte: Secom Maceió

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