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16/05/2017 às 13:13

Fábrica no presídio transforma lixo em sabonete, material de cozinha e brinquedos

Restos de madeira e material descartado se transformam em tabuleiros de xadrez, gamão e pilão de cozinha Restos de madeira e material descartado se transformam em tabuleiros de xadrez, gamão e pilão de cozinha

Maysa Cavalcante

Poucos sabem, mas além de promover a reintegração social dos apenados, as iniciativas da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) têm garantido a sustentabilidade ambiental. Reeducandos que trabalham nas oficinas da Fábrica de Esperança, no sistema prisional, são qualificados pelos servidores penitenciários para transformar materiais que seriam descartados em verdadeiras obras de arte e produtos de higiene.

Há oito anos, uma importante ação que promove o desenvolvimento sustentável é realizada no sistema prisional alagoano. Na Oficina de Saneantes, materiais de limpeza como desinfetantes, sabonete líquido e sabão em barra são produzidos com óleo de cozinha saturado. Desde o ano passado, quando foi lançada a campanha “De olho no óleo”, a Seris tem recebido doações de óleo saturado para ser reaproveitado na Oficina.

Além de despertar a consciência ambiental, a iniciativa contribui para diminuir a poluição dos mananciais e higiene dos internos. Vale lembrar que um litro de óleo é capaz de poluir até um milhão de litros de água. “Com os trabalhos de Saneantes, transformamos nove litros de óleo em até 50 barras de sabão. Já com 8,5 litros produzimos 200 litros de detergente e até 2 mil litros de desinfetante”, explica o coordenador da Oficina, Welder Santos.

O uso de madeiras na fabricação de produtos artesanais também é destaque. O material, resultado de descartes de obras e apreensões, chega na Fábrica de Esperança através de doações e é reutilizado na Oficina de Tornearia. “Disseminamos técnicas de marcenaria artesanal entre os apenados e eles fazem tábuas de madeira, pilão, jogos de gamão e xadrez, dentre outros itens”, afirma a gerente de Educação, Produção e Laborterapia, Andréa Rodrigues.

Recentemente, os reeducandos que trabalham na horta do sistema prisional participaram do curso de Defensivos Agrícolas. A iniciativa tem contribuído para ampliar a produção de alimentos de forma sustentável. Toda a produção da horta é destinada para o consumo dos servidores e dos apenados. Diariamente, 15 mil refeições são servidas nos presídios. Somente em 2016, mais de 43 toneladas de alimentos foram colhidos na horta do sistema. 

Fábrica de Esperança – As ações nas Oficinas são coordenadas pela Gerência de Educação, Produção e Laborterapia. Pelo trabalho desenvolvido, os reeducandos recebem entre três quartos do salário mínimo vigente e um salário mínimo. Além do pagamento, os custodiados são beneficiados com a diminuição de um dia de pena a cada três dias de serviço.

Parceria - Para que essas ações sejam executadas, é necessário o apoio da sociedade. Aqueles que quiserem conhecer os trabalhos e contribuir para o bem-estar da população, poderão doar óleo saturado ou madeiras que seriam descartadas entrando com a Fábrica de Esperança através do número: (82) 3315-1090 e endereço eletrônico ([email protected]).





Fonte: Agência Alagoas

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