Wadson Regis
Uma disputa entre entidades estudantis pode gerar dor de cabeça para milhares de estudantes de Rio Largo.
Uma das instituições, a União dos Estudantes Secundaristas do município (UMESE), foi baixada na Receita Federal por Omissão de Contumaz, que é um termo da contabilidade e acontece quando uma empresa deixa de apresentar suas declarações contábeis junto à Receita Federal, por mais de cinco anos seguidos. Quando isto ocorre, o CNPJ da empresa é baixado, ou inativado, devendo ser regularizada a situação caso se queira reabrir o negócio.
A outra, Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas de Rio Largo (AMES), teve a sede fechada por conta de um alvará de funcionamento.
O problema entre as duas está dividindo e incomodando os estudantes, que correm o risco de terem suas carteiras suspensas e sem validade para os benefícios adquiridos pelos estudantes alagoanos, como meia entrada em cinemas, teatros, shows e até desconto no comércio.
“Nosso problema é muito simples de ser resolvido. Por mais que o município tente nos prejudicar. Tivemos nossa sede fechada por uma questão técnica de alvará. Não nos foi dado prazo para regularizar o que eles pediram e nos obrigaram a fechar, mas a associação está com todas as certidões liberadas e apta para fornecer carteiras e assistências aos estudantes”, diz Higor Victor Vieira, presidente da AMES.
Já a UMESE tem uma série de problemas na Justiça, que aceitou a denúncia do Ministério Público, com base na representação da AMES e determinou o afastamento de toda diretoria e a nomeação judicial de José Padilha da Silva Neto, como interventor.
As denúncias contra a UMESE vão desde a eleição da diretoria afastada, por conta de fraude eleitoral, passando pela prestação de contas, até falsidade ideológica. “Desta forma a UMESE não pode atuar. Trata-se de uma fraude. Com baixa da empresa ela só pode atuar quando regularizar a situação”, explica o advogado Pedro Accioly.
O AL1 tentou, desde terça-feira, contato com o interventor. Nas primeiras ligações o sinal apontou fora da área de serviço. No contato com o outro número de contato, disponível para os estudantes fazerem a carteira estudantil, atendeu Lucia Brandão. Foi solicitado a ela que passasse a informação para que José Padilha retornasse a ligação para explicar as denúncias contra a UMESE. Por três dias seguidos o telefone de Padilha chamou por 10 vezes, mas ele não atendeu. O número atendido por Lucia Brandão também não mais atendeu ao chamado do número da redação.
Com Lucia Brandão o AL1 perguntou sobre a legalidade das carteiras estudantis, já que por determinação judicial a UMESE está proibida de emitir. “Sim, realmente estamos com problema e por isso estamos utilizando a nossa logomarca, mas registrando os alunos na Fegreal (Federação dos Grêmios Estudantis de Alagoas)”, confirmou a funcionária da UMESE, por telefone, desligando em seguida.
O AL1 tentou contato, por diversas vezes, com José Padilha, pelo número com finais 5698 e 0857 - sem resposta. Com a Fegreal, para saber da veracidade e legalidade da parceria com uma entidade que está proibida de emitir carteiras estudantis, o número que consta no site 3032-8303, diz a seguinte mensagem: verifique e tente novamente.
O AL1 aguarda contato do interventor José Padilha e de
alguém da diretoria da Fegreal.
(82) 996302401 (Redação) - Comercial: [email protected]
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