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22/01/2018 às 18:36

Hospital da Mulher será entregue até junho deste ano, anuncia governador durante vistoria

Hospital da Mulher soma-se a outros quatro hospitais que estão sendo edificados na capital e no interior do Estado. (Fotos: Márcio Ferreira) Hospital da Mulher soma-se a outros quatro hospitais que estão sendo edificados na capital e no interior do Estado. (Fotos: Márcio Ferreira)

Severino Carvalho

O Hospital da Mulher, que está sendo construído pelo Governo do Estado na Avenida Comendador Leão, bairro do Poço, em Maceió, será entregue até junho deste ano. A garantia é do governador Renan Filho, que visitou as obras na manhã desta segunda-feira (22). O equipamento de saúde soma-se a outros quatro hospitais que estão sendo edificados na capital e no interior do Estado, que totalizam R$ 190 milhões em investimentos.

“Neste momento, estão sendo construídos três hospitais em Alagoas: o Metropolitano e o Hospital da Mulher, em Maceió, e o Regional do Norte, em Porto Calvo. Agora, no dia 29 de janeiro, promoveremos a licitação para o Hospital Regional da Mata, que será erguido em União dos Palmares, e o Hospital Regional do Alto Sertão, em Delmiro Gouveia. Com isso, teremos um conjunto de investimentos que garante atenção médica na capital e regionaliza os serviços. Sem dúvidas, esse é o maior conjunto de investimentos em saúde pública da história de Alagoas.”, declarou o governador, durante entrevista coletiva.

De acordo co ele, os novos hospitais têm condições de atender até 90% das necessidades em saúde. “Isso é muito significativo, porque apenas 10% dos casos, aqueles mais graves, terão que ser transferidos para a capital e isso vai facilitar o trabalho no HGE e no Hospital Metropolitano”, explicou Renan Filho, que fez a inspeção às obras do Hospital da Mulher acompanhado pela presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems/AL), Izabelle Pereira; do reitor da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), Henrique de Oliveira, secretários de Estado, dentre outras autoridades.

O Hospital da Mulher está com 68% dos serviços concluídos e emprega 110 operários. Os oito pavimentos já foram levantados e se encontram interligados. “Todos os pavimentos estão em ritmo acelerado para que a abertura do Hospital da Mulher possa ocorrer até junho. Como destacou o governador, é uma obra que está sendo construída com recursos próprios do povo alagoano. O Estado tem dado prioridade às prioridades e já agora em 2018 teremos a oportunidade de ter um hospital exclusivo para cuidar da saúde da mulher alagoana”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Christian Teixeira.

Orçado em R$ 24 milhões, o Hospital da Mulher terá 127 leitos, divididos em Enfermarias, Centro de Parto Normal, Unidades de Cuidados Intermediários (UCI) e Consultório de Odontologia, com elevadores para espaço de macas e cadeirantes.

“Uma característica deste prédio é que ele tem flexibilidade, a possibilidade, com a tecnologia que usamos, de modificarmos os espaços sem prejuízos à estrutura. E ainda nos dá a possibilidade de acréscimos. Todo o acesso principal se dará pela Avenida Comendador Leão. Trata-se de uma obra praticamente vertical, onde no térreo ficam as partes de ambulatório, diagnóstico; o primeiro e segundo para estacionamentos e, a partir do terceiro piso, teremos as internações, centro cirúrgico obstétrico, a parte de nutrição, isolamento, enfermarias, dentre outras”, explicou a arquiteta da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Soraia Tenório Sales.

O governador lembrou que não se constrói um hospital público em Maceió há aproximadamente 50 anos e que a única estratégia utilizada pelo Governo do Estado, no passado, era a contratação de leitos junto à iniciativa privada. Recordou, também, que a capital, com aproximadamente um milhão de habitantes e outros 400 mil na região metropolitana, possui apenas 600 leitos públicos. Em contrapartida, Aracaju, com uma população menor, de 600 mil habitantes, possui 900 leitos públicos e João Pessoa, cidade bem menor que Maceió, 1.600, comparou.

“Isso significa dizer que nós não temos rede de saúde suficiente, por isso estamos enfrentando o desafio de construí-la. Esse hospital (da Mulher), que já com mais de 60% de obra concluída, será entregue em junho à população. Vai atender, sobretudo, mulheres gestantes, de risco habitual. As mamães de alto risco continuarão sendo atendidas pela Santa Mônica. Aqui teremos uma séria de exames e de consultas especializadas para a mulher, ampliando a quantidade de oferta de consultas e exames, um dos principais problemas que temos na saúde pública”.

Renan Filho explica que a primeira etapa para reestruturar a rede pública de saúde é fazer funcionar o que já existe, a exemplo das Unidades de Pronto Atendimento (Upas) que foram recebidas com as portas fechadas pela gestão estadual em 2015, nas cidades de Delmiro Gouveia, Maragogi, São Miguel dos Campos e Maceió.

O segundo passo, segundo ele, é fazer a transição entre o que existe hoje em funcionamento e os novos equipamentos que estão sendo construídos. “O cidadão não quer esperar pela construção dos novos hospitais. Temos que construir um projeto-ponte, que é justamente a ampliação dos leitos de retaguarda. Estamos preparados para ampliar os serviços, enquanto os novos hospitais estão sendo construídos”, garantiu.

“O terceiro passo é começar a entregar os novos hospitais. O primeiro será o da Mulher e depois vamos entregar os regionais e o Metropolitano. Quando essa nova rede tiver pronta, vocês podem ter certeza que teremos uma nova Alagoas no que concerne à saúde pública”, garantiu Renan Filho.

Empregos

Juntos, os hospitais da Mulher e o Metropolitano vão empregar 400 trabalhadores da construção civil. É gente como Taffarel Nazário Batista, 27 anos, batizado com o nome do goleiro da seleção brasileira, tricampeão mundial em 1994. “Meu pai era fã do Taffarel”, revelou.

Casado, ele estava desempregado há 8 meses. Quando surgiu a oportunidade de trabalhar na construção do Hospital da Mulher, ele a agarrou sem deixar rebote. “Muita gente estava assim como eu, sem emprego, e até com mais tempo”, confessou o pedreiro.

“Com esses cinco hospitais funcionando, vamos gerar cerca de 10 mil novos empregos diretos só na área da saúde. Serão empregos para enfermeiro, técnico em enfermagem, para médicos, para quem trabalha na parte administrativa, de forma que um investimento dessa magnitude garante uma rede estruturada e, segundo, oportunidade de trabalho pra muita gente”, salientou o governador.

“Temos sempre o cuidado de buscar três premissas: começar a obra com data para terminar. Um outro ponto é o controle de custos. Nós acompanhamos de perto cada centavo investido. O terceiro ponto é que criamos oportunidades de trabalho, desde o pedreiro, passando pelo servente até o engenheiro”, citou o secretário de Estado da Infraestrutura, Humberto Carvalho.


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