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Mary Wanderley

Gestores e técnicos da Saúde participaram na manhã desta segunda-feira (20) da 7ª Reunião Ordinária da CIB/AL na Procuradoria Geral do Estado de Alagoas (PGE) que discutiu pautas sobre saúde pública de interesse dos municípios alagoanos. Dentre os pontos que movimentaram as discussões entre representantes da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau), secretários municipais de Saúde e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems) estavam o diagnóstico da situação do Programa Nacional de Imunização/PNI em Alagoas.

Os focos deste item foram à operacionalização da Rede de Frio e o fechamento da Central Regional de Arapiraca (PNI Estadual). Foi proposto na que a Central seja transferida para a Unidade do Agreste de Arapiraca. A Sesau traçou a radiografia da cobertura vacinal no Estado e mostrou que alguns municípios alagoanos precisam avançar. A apoiadora técnica do Cosems, Kathleen Moura, afirmou que a entidade vem participando das discussões – com a contribuição da secretária executiva do Cosems. Sylvana Medeiros - junto à equipe do PNI do Estado e foi traçado um plano de ação para mobilizar os municípios alagoanos e aumentar as coberturas vacinais.

A diretora Financeira da entidade e gestora de Messias Morgana Oliveira, destacou que o Cosems e o Estado devem se empenhar para o fortalecimento da Atenção Básica e Vigilância junto às Câmeras Técnicas das Comissões Intergestoras Regionais (CIR) com o intuito de monitorar os dados já que percebeu em reunião nacional do PNI que o sistema tem fragilidades e pode não estar sendo fidedigno aos percentuais de vacinação dos municípios, sobretudo no tocante à vacinação contra a poliomielite e sarampo.

A presidente do Cosems, Izabelle Pereira, afirmou que a erradicação destas doenças deu a falsa impressão de que os pais ou responsáveis não precisavam mais vacinar as crianças abaixo de cinco anos de idade. “Precisamos traçar estratégias nos municípios uma vez que se trata de uma política que deve ser prioritária para os gestores municipais da Saúde e o Estado. O momento é de alerta para evitar que ocorra com Alagoas o que aconteceu com Sergipe e Pernambuco que já registraram casos de sarampo”, reforçou a titular do Cosems, instigando a criatividade dos municípios no sentido de mobilizar a população para a gravidade do caso e fazer busca ativa do público alvo.

Outro tópico debatido foi referente ao monitoramento da aquisição e distribuição de medicamentos e insumos pela Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf) – Astaf e criação da Câmara Técnica. A presidente do Cosems, Izabelle, salientou a angústia dos gestores com o atraso das aquisições e distribuição dos medicamentos, onerando os municípios e aumentando o número de judicializações no setor.

“O Estado precisa montar uma estrutura técnica para monitorar as Ceafs e avançar no abastecimento dos medicamentos. Fazemos a nossa parte, enquanto municípios, o Estado e a União precisam fazer o mesmo”, reforçou. No tocante ao Programa Mais Saúde/Especialidades, no item sobre as alterações da Portaria Sesau nº 4.241 de 29 de dezembro de 2017, representantes das Secretarias de Saúde de Arapiraca e Maceió solicitaram avaliar juridicamente a minuta da portaria e ficou acordada uma reunião com gestores da Sesau e dos dois municípios e respectivas áreas técnica e jurídica com a participação da PGE.