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13/11/2018 às 17:34

Gestores discutem em CIB entraves da saúde pública em Alagoas

Mary Wanderley

Gestores e técnicos do Conselho de Secretarias Municipais da Saúde de Alagoas (Cosems), da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) e dos municípios alagoanos participaram nessa segunda-feira (12) da 10ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) no auditório da Procuradoria Geral do Estado (PGE), no Prado. 

A agenda extensa pontuou entraves de alguns setores da saúde pública municipal que preocupam a categoria, a exemplo do monitoramento do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf) e da dispensação dos colírios para os pacientes com glaucoma.

“O Ceaf é pauta permanente das CIBs no intuito de monitorar o desabastecimento que se tornou recorrente, deixando desassistida a população que precisa destes medicamentos, que fazem parte do componente estratégico de obrigatoriedade do Estado”, afirmou Izabelle. Ainda de acordo com ela, o Estado e a União precisam se co-responsabilizar com o repasse dos colírios já que assinaram um Termo de Ajuste de Conduta no Ministério Público e a falta deles pode levar a população à cegueira.

A situação dos hospitais Unacom Chama e Unacon Afra Barbosa de Arapiraca foi outro assunto abordado na CIB. A presidente Izabelle leu o relatório feito pelos técnicos do Cosems, baseado em pesquisa realizada com todos os municípios alagoanos, demonstrando as principais dificuldades dos gestores municipais sobre a assistência oncológica na II Macrorregião de Saúde.

O Afra é apontado por deixar lacunas no atendimento ao paciente oncológico, a exemplo de falta de medicações e dificuldade no agendamento de exames de média e alta complexidade e até recusa de pacientes para agendamento no serviço. O Unacom Chama é citado pela suspensão dos atendimentos, devido aos atrasos nos repasses da contrapartida financeira estadual bem como o pagamento de procedimentos excedentes para a rede de Oncologia, que agrava a situação dos pacientes que necessitam iniciar seus tratamentos, como também à oferta insuficiente de exames na rede.

Outro tema tratado na reunião foi concernente ao diagnóstico da oferta dos procedimentos de mamografia e citologia de rastreamento, apresentado pela técnica da Gerência de Controle e Avaliação da Sesau, Nélia Maria. Os gestores reclamaram da redução de financiamento por parte do Ministério da Saúde e que deixaram de receber recursos por falta do registro das informações nos sistemas oficiais.

 A assessora explicou que o MS considerou a série histórica dentro da faixa etária específica e apenas as informações dos laboratórios habilitados no Qualicito. Vale frisar que esta redução financeira provoca maior dificuldade para que os municípios consigam atingir seus indicadores.

A secretária executiva do Cosems, Sylvana Medeiros, destacou que a meta do MS é cobrir - com a realização dos exames de citologia e mamografia - pelo menos 50% das mulheres e os municípios não estão conseguindo atingir o percentual de 30%.

Nélia ressaltou que as áreas técnicas do Estado estão em negociação para que tais indicadores, que também são requisitos para o repasse do Incentivo Estadual Prosaúde sejam avaliados a cada três meses e não mensalmente, devido ao não envio de informações pelos prestadores  em tempo hábil.

 Durante a reunião, a médica e coordenadora estadual da Rede Cegonha, Syrlene Medeiros, apresentou o fluxo assistencial para crianças cardiopatas em Alagoas e alertou sobre a importância de os recém-nascidos realizarem o teste de coraçãozinho nas maternidades, Centros e Casas de Parto, logo após o nascimento. Uma equipe de especialistas do Hospital do Coração (HCOR) apresentou o projeto que atende desde 2015 pelos SUS a crianças cardiopatas do Estado de forma integral.

A presidente do Cosems Izabelle Pereira parabenizou o Hospital do coraçãozinho que se tornou uma referência positiva desde 2015 e espera que iniciativas como esta ocorram mais para preencher o vazio assistencial no tocante à cardiopatia neonatal. “Isso mostra que o SUS pode dar certo e que dispõe de profissionais dedicados e que trabalham com amor e afinco, enchendo nossos olhos de esperança de que a saúde pode sim avançar”, reforçou.

O representante do HCOR José Leitão afirmou que o grupo tem um projeto intitulado Coração de Estudante que com uma equipe de especialistas e acadêmicos de Medicina de Alagoas visita os municípios para levar informações de saúde aos profissionais. Os gestores interessados podem agendar a visita pelo [email protected]

Ascom Cosems/AL

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