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22/01/2018 às 10:05

Penas restritivas de direito mudam a vida dos alagoanos no sistema prisional

Beneficiários dão suas impressões pessoais da prestação de serviços, sendo ouvidos e acolhidos pelos servidores da Seris Beneficiários dão suas impressões pessoais da prestação de serviços, sendo ouvidos e acolhidos pelos servidores da Seris

Maysa Cavalcante

Para acompanhar as penas e medidas alternativas e, consequentemente, o cumprimento das determinações judiciais, periodicamente profissionais do Núcleo de Acompanhamento de Alternativas Penais da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) promovem reuniões com os beneficiários – pessoas que cumprem pena fora das unidades prisionais.

Os encontros psicossociais aproximam os envolvidos no processo de cumprimento das penas restritivas de direito. Na ocasião, os beneficiários falam sobre as impressões pessoais da prestação de serviços, sendo ouvidos e acolhidos pelos servidores da Seris. Além disso, a interação entre os cumpridores permite a troca de experiências exitosas.

A psicóloga da Seris, Emmanuelle Melo, ressalta a responsabilidade na prestação das medidas alternativas. "É necessário conscientizá-los: eles estão pagando por um erro e os serviços prestados são uma via de mão dupla. As instituições são beneficiadas com os serviços e os próprios cumpridores com a oportunidade de reparar um dano causado no passado", disse.

"Estou pagando pelo erro que cometi e esse trabalho na instituição é muito bom, pois me proporciona um aprendizado constante. Sou bem recebido onde trabalho e só tenho a agradecer pela oportunidade", comenta Adriano da Silva, um dos mais de 3,7 mil beneficiários que cumprem penas alternativas em 112 instituições beneficentes e estatais de Alagoas.

A assistente social da Seris, Valdijane Araújo, afirma que as reuniões impactam diretamente no cumprimento da alternativa penal. "Podemos notar uma mudança na perspectiva de vida dos beneficiários. Eles passam a se ver e a enxergar a realidade de uma forma diferente, entendendo a importância de cumprir a pena sem perder o convívio social, familiar e profissional".

"Quando recebemos alguma queixa do beneficiário de que não está sendo bem recebido na instituição em que cumpre pena, a equipe realiza uma visita técnica ao local e procura saber quais são as dificuldades enfrentadas. Buscamos sempre resolver o problema de uma forma que beneficie todos. Por isso esse acompanhamento é tão importante", conclui Araújo.

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