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Com políticas inovadoras, sobretudo, no âmbito da educação, o Governo de Alagoas segue na contramão da crise, quando o País passa por um momento de instabilidade prisional, e por meio da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) investe na valorização do ensino e do aprendizado no cárcere, proporcionando condições para que os apenados trilhem um futuro digno por meio dos estudos.

Atualmente, 240 apenados estudam dentro das unidades prisionais, sendo dez cursando ensino superior pela modalidade EaD, no Núcleo Ressocializador da Capital. Além das aulas reconhecidas pelo Ministério da Educação  (MEC), milhares de custodiados já passaram por cursos de qualificação dentro dos presídios brasileiros. Todo esse conhecimento tem sido fundamental após o cumprimento da pena.

Atualmente, somente pelos convênios da Reintegração Social da Seris, mais de 500 apenados dos regimes aberto e semiaberto trabalham em órgãos públicos e privados de Alagoas. Vale ressaltar que menos de 2% dos reeducandos empregados nos convênios voltam a delinquir, número inferior à média nacional que é de 70% - dentre aqueles que não trabalham.

No 1° Fórum de Educação Prisional e Inserção Social de Alagoas, realizado na quarta-feira (22), com agentes penitenciários, professores, autoridades do Governo do Estado e Poder Judiciário, o secretário da Ressocialização, tenente-coronel PM Marcos Sérgio de Freitas, destacou o papel transformador da educação e o empenho daqueles que ofertam conhecimento nos presídios.

“A educação disseminada no sistema prisional transcende fronteiras, retira o apenado da ociosidade e gera oportunidades. Em Alagoas, os professores da Escola Paulo Jorge Rodrigues de Lima e os servidores da Gerência de Educação da Seris têm desempenhado um trabalho transformador, fundamental para construir um futuro digno dentro e fora do cárcere”, ressaltou.

Durante o Fórum de Educação de Alagoas, a coordenadora de Cultura e Esporte do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Letícia Maranhão, elogiou a insistência da Seris que tem investido na educação para mudar a trajetória dos apenados. Para ela, o conhecimento deve ser o vetor de esperança para superar crises e disseminar bons valores no âmbito social.

“A educação deve ser prioridade e Alagoas tem conseguindo falar do tema nos espaços de privação de liberdade. Por isso, parabenizo a iniciativa da Seris, que tem insistido na discussão num momento em que algumas unidades passam por tragédias e enfrentam suas crises com armamentos, bloqueio e construção de unidades”, lembrou a gestora do Depen.

Fonte: Agência Alagoas