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Maceió/Al, 29 de março de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
03/01/2018 às 23:26

Com a barriga cheia, 250 famílias do Pilar plantam o futuro para colher dignidade

Área plantada tem acompanhamento de técnicos Área plantada tem acompanhamento de técnicos

43,5% dos nordestinos têm renda mensal média de R$ 133,72. Os números foram divulgados no dia 15 de dezembro de 2017, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Brasil, 52 milhões de brasileiros estão identificados na linha de extrema pobreza.

Os dados assustam 

No caso de Alagoas a falência do setor canavieiro tem motivado o êxodo rural. Sem esperança no campo e sem rumo na cidade, pais pedem esmola e milhares de jovens ficam sem estudar. É neste vácuo que adolescentes do sexo feminino se prostituem e os meninos conhecem o mundo das drogas.  

Poder público

Deixando de lado os efeitos do Bolsa-Família, a maioria dos municípios não consegue enfrentar o problema, que passa de social a caso de polícia. Foi o que aconteceu com o Pilar, na região metropolitana de Maceió. A clara ausência de políticas públicas, de proteção e inclusão, transformaram a cidade numa área sitiada. Há relatos de pais que, sem oportunidade de trabalho, colocavam toda família para pedir esmola. Em outros casos, os pais tinham casa, mas não mandavam o filho para escola porque não tinham comida suficiente. 

A ausência de mão obra qualificada e a evasão escolar também assustaram a gestão atual, que encontrou “no mundo paralelo do tráfico” um inimigo cruel, responsável por colocar a Terra do Bagre no mapa da violência.

Virada de jogo

Sem medo de enfrentar o problema e determinado a combater o inimigo, o prefeito Renato Rezende fez mais que o dever de casa. Em 12 meses de governo, sua gestão já serve de case para os demais gestores.

Neto de usineiro, Renato Rezende foi buscar inspiração no passado, para reconstruir a vida de centenas de pilarenses, jogados na linha de extrema pobreza.  A alternativa, que está virando o jogo, foi devolver às famílias o sentimento de dignidade, através do trabalho – na terra batida.

O programa Plantando o Futuro já é realidade para 250 famílias. A Prefeitura do Pilar arrendou uma área de 75 hectares e os trabalhadores estão plantando os legumes e hortaliças oferecidos como alimento nas creches, no projeto Barriga Cheia (sopa) e nas escolas do município. (ah, como é bom saber que tanta gente AGORA COM STATUS DE TRABALHADOR voltou a sorrir)  

Em Alagoas o Plantando o Futuro já é o maior programa de agricultura familiar bancado por uma Prefeitura. A ideia é simples, mas a visão, o compromisso e a missão dos que coordenam os trabalhos, somados à força de vontade das famílias beneficiadas, transformam-se no tempero que enche barrigas vazias e faz famílias humildes voltar a sorrir.

Senhoras e senhores prefeitos (as), que tal plantar um futuro decente para sua gente? Visite o Pilar.



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