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Maceió/Al, 28 de março de 2024

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Wadson Regis Wadson Regis
Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.
16/06/2019 às 14:44

Renan dá freio de arrumação para evitar encontro de Rui Palmeira com Renan Filho

Pouca gente sabe, mas quando Renan Calheiros emite sinal de alerta - ou ataca - é porque algo que o contraria está preste a acontecer.

Ao longo dos anos Renan construiu a imagem de grande articulador. Agora, o líder estadual do MDB não está conseguindo virar o jogo que ele mesmo perdeu, quando desafiou os colegas senadores na eleição para presidente do Senado.

Sua condição de baixíssimo clero, em Brasília, não tem nada a ver com Bolsonaro, mas com o erro estratégico, quando não deu ouvidos ao amigo Petecão (senador pelo Acre), que o alertou sobre a estratégia de Onyx Lorenzoni para eleger Davi Alcolumbre.  

Derrotado e humilhado em rede nacional, principalmente por novos senadores, Renan perdeu a eleição e a condição de peça-chave para pressionar o governo. Para piorar, Renan Filho segue sem lhe dar ouvidos (politicamente falando).

Tomou posição
O clima nos bastidores do MDB alagoano não é bom e vai piorar com a debandada de futuros candidatos, nas eleições do próximo ano. Por esse motivo o senador tomou as rédeas, convocou um exército paralelo e está trabalhando - como nos velhos tempos - para filiar novos quadros. Esse é Renan, o mestre dos bastidores.

Também receoso com a condução de Renan Filho, às eleições municipais, Renan sabe - mais que qualquer um - que o pleito será emblemático para o futuro político do MDB. Em Maceió, por exemplo, o candidato apoiado por ele não vence desde sua derrota para Guilherme Palmeira, nas eleições de 1988.

Exímio observador, Renan sabe que o filho pode falhar mais uma vez na articulação do processo eleitoral. Ele está convicto que não há tempo para uma aproximação com Rui Palmeira. O ataque pelo Twitter representa o limite para o senador. Se Renan atacou é porque sente que algo que o contraria pode acontecer. Neste caso seria mais um erro de condução política de Renan Filho.

Portanto, Fabio Farias, Abrão Moura e José Carlos Lyra podem parar onde estão, que a ordem é nada de papo entre Renan Filho e Rui Palmeira. Ah, mas o assunto é muito mais importante que uma briga de rivais. Se fosse mesmo mais importante o trabalho parceiro entre estado e município deveria ter ocorrido há mais de dois anos. Além disso, tornar público que A ou B está atuando para juntar os dois numa mesma mesa, para tratar de assunto prioritário, beira muito mais que o ridículo.

Renan sabe porque atacou Rui. Só que Renan Filho não consegue alcançar política de gente grande. Talvez por isso, Rui nem lembrou que o governador também foi citado na Lava Jato.

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