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Imagine um cara vindo do interior vencer as estruturas políticas dominantes na capital. 

Agora reflita que esse camarada, no olho do furacão político, descobriu que precisava ter cuidado porque será pai. 

Atordoado com tantas informações o jovem interiorano decidiu se casar. Deixar o colo da mãe não é fácil para ninguém, mas esse rapaz talvez não saiba que seu principal desafio, a partir de janeiro de 2021, não será cuidar apenas da filhinha e da esposa, será tomar conta de mais de um milhão de maceioenses. 

Alguns dos roteiros das novelas, filmes e das séries da Netflix são baseados em fatos reais, mas prevalece a ficção. Na política é vida real, com cobrança diária.

A nova história a ser estrelada por JHC não pode ter seus pais, filha (recém-nascida) e esposa como protagonistas. 

Na condição de prefeito de Maceió JHC precisa ter a certeza que o cargo político é um direito adquirido pelo voto popular que carece de dedicação. O que ele prometeu, o que hoje cobra, antes da posse, terá o tempo como seu principal adversário após ser empossado.

Você, leitor (a), pode até discordar, mas Rui Palmeia fez um bem danado nesses oitos anos na capital. Antes que você atire a primeira pedra, procure os pontos positivos e compare com os negativos. As pesquisas, antes e durante o período eleitoral, sempre cravaram que a maioria aprova a forma como Rui administra. Nota 10? NÃO! 

JHC, no primeiro momento, não precisará de aprovação. Terá que administrar, evitar escândalos e executar o que prometeu. Sua missão, além de conectar a capital nas nuvens do mundo digital, será evitar que Maceió, daqui a 4 anos, não seja tão mutilada pelos seus opositores.   

Bomba todos pegam na administração pública. A arte do bom gestor é saber desarmá-la. Para começar saiba quem são os verdadeiros amigos, quem pode ajudar e os que estão como hospedeiros. Elimine a erva daninha antes do amanhecer do 1 de janeiro. Do contrário, aguente os rigores da lei do retorno.

2021, para JHC, será vida real no olho do furacão.