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...e não é de hoje. 

Politicamente é o pedaço do Brasil que mais chama a atenção. É tão diferente dos demais que, em 15 de novembro de 1889, o presidente eleito foi o deodorense Marechal Deodoro da Fonseca, tendo como vice o candidato da oposição, o também alagoano, de Maceió, do bairro de Ipioca, Marechal Floriano Peixoto, que assumiu o governo 15 meses depois, com a renúncia de Deodoro.

100 anos depois - em 15 de novembro de 1989 - Alagoas continuou produzindo protagonistas, com Fernando Collor eleito primeiro presidente após o regime militar.

A partir da entrada de Collor no cenário político, Renan Calheiros trabalhou dioturnamente para se firmar no time dos grandes nomes da política nacional. E conseguiu. Renan é o único senador a presidir o Congresso Nacional por quatro vezes.

Com Collor e Renan em atividade, outros alagoanos tiveram algum destaque, mas Arthur Lira, como presidente da Câmara dos Deputados, é o nome da vez no cenário nacional. Tem poder, mas não tem apelo popular. Por isso é candidato a quebrar o recorde de JHC e ser o deputado federal mais votado da história de Alagoas.

Nas eleições de 2022 há a especulação de Renan Filho ser o indicado do MDB para compor a chapa com Lula. A possibilidade surge muito mais pelo ressurgimento de Renan, como relator da CPI da Covid, do que pelos números expressivos como governador do Estado.

Por conta do histórico por seguidas gerações, Alagoas é um lugar diferente, politicamente falando. Sofreu como nenhum outro, justamente pela inércia e desinteresse de praticamente todos os atores políticos desde 1889.

Que os alagoanos, diante das incertezas pós pandemia, não se acovardem, não se distanciem das discussões políticas e que fiquem atentos ao perfil de cada nome que se aventurar ao Governo, Senado, Câmara e Assembleia Legislativa.

Alagoas está diferente... até outubro de 2022 é aconselhável manter um olho no peixe e o outro no pescador. Com eles, o fantástico mundo de Bobby, criado pelos estrategistas.

Só um alerta: Marqueteiro que não impacta, não acerta. Logo, não serve.