Camila Amaral
O mundo da moda é uma vertente que atrai muita gente e foi assim com a estilista alagoana Ingrid Lima, que após trocar o curso de Arquitetura que fazia em Maceió, se mudou para São Paulo e foi estudar Design de Moda. Ela usou um material muito regional como tema de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), o filé. A designer agora investe no ramo do bordado e abriu um ateliê há cerca de três meses na capital paulista.
As peças são produzidas por ela e por mais de 40 rendeiras do Pontal da Barra, em Maceió. A loja fica na Alameda Lorena, no bairro do Jardim Paulista, área nobre da cidade. O trabalho de Ingrid é tão visado que hoje ela distribui os produtos para três multimarcas.
O bordado e o filé
O filé é uma técnica de costura típica do estado de Alagoas, é um bordado que teve origem na Europa, mas se popularizou no nordeste do Brasil, na região das lagoas Mundaú e Manguaba, próximas a Maceió.
O nome se origina da palavra francesa “filet” que significa rede, assim como o processo de costurar o filé sobre uma rede de fios de algodão montada num molde de bambu. Logo após esse estágio, o desenho começa a ser preenchido com a ajuda de uma agulha de madeira. Existe uma variação de cores na peça, pois a mistura é o que embeleza o produto.
O filé hoje é a grande fonte de renda de muitas famílias, principalmente as ribeirinhas. Ele se popularizou tanto que há meses foi um dos temas da novela Velho Chico – que ficou marcada pela morte dos atores Umberto Magnani e Domingos Montagner - e atualmente também pode ser visto na atual obra das 21h da Rede Globo, A Lei do Amor.
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