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26/02/2021 às 14:02

216 reeducandos foram inscritos no Enem este ano

Reeducando Henrique Gregório quer aproveitar oportunidade de ingressar em universidade federal Reeducando Henrique Gregório quer aproveitar oportunidade de ingressar em universidade federal

Mayara Wasty

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a porta de entrada para o ensino superior no Brasil e, por meio dele, estudantes têm a possibilidade de ingressar em uma universidade. Para as pessoas privadas de liberdade, além de a possibilidade de estudo, a graduação representa a esperança de um futuro diferente.

Nos dias 23 e 24 deste mês de fevereiro, a possibilidade desta mudança tornou-se mais factível no sistema prisional com o Enem PPL, destinado a estudantes privados de liberdade ou sob medida socioeducativa. Este ano, 27 salas foram criadas para acolher os 216 reeducandos inscritos em Alagoas. Destes, 153 realizaram a prova para pleitear uma vaga em uma faculdade. O número de ausências se deve, em sua maioria, à emissão de alvarás de soltura.

A aplicação aconteceu simultaneamente nas unidades prisionais da capital e do Agreste e contou com o apoio logístico dos policiais penais e profissionais da Gerência de Educação, Produção e Laborterapia (GEPL) da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), como destaca Cinthya Moreno, policial penal e chefe da GEPL.

“Por estarmos em uma pandemia, direcionamos ainda mais energia e cuidado para a realização do Enem. Foi um grande desafio, mas sabemos a importância que a educação tem na vida das pessoas, mais ainda para os privados da liberdade, já que, para eles, os estudos também representam uma perspectiva de vida”, disse a gestora.

A logística para a execução do Enem foi reforçada com o distanciamento social e a disponibilização de equipamentos de proteção individual, além da troca de máscaras – entre os reeducandos – a cada três horas. “Todos os esforços foram direcionados para a execução do Enem. Mobilizamos vários setores, como escolta, segurança, transporte e alimentação, além dos policiais penais e chefes de unidades prisionais. Tudo para que a prova ocorresse com segurança”, completou a policial penal.

Henrique Gregório foi um dos estudantes que realizaram a prova. Apesar de já estar cursando o ensino superior, o reeducando busca o ingresso em uma universidade pública.  “Eu já estou no quinto período de administração em uma faculdade particular, mas resolvi tentar novamente o Enem porque estou tentando ingressar na universidade federal”, disse.

Para Gregório, a educação foi fator determinante para uma mudança pessoal. “Eu já faço o Enem desde 2015, e foi justamente esta prova que me permitiu concluir o ensino médio. Tive oportunidades lá fora, mas acabei me afastando delas. Hoje, porém, posso dizer que redescobri o prazer de estudar”, emendou o reeducando.


Fonte: Agência Alagoas

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