Agora é a vez do...

Quando Ronaldo Lessa venceu Manoel Gomes de Barros, nas eleições de 1998, pelo PSB, assumiu o Governo de Alagoas e o protagonismo dos próximos oito anos, no Estado e na capital, com Kátia Born prefeita.

Lessa mudou para o PDT e a roda política girou. Teotonio Vilela (PSDB) venceu João Lyra e consolidou, durante oito anos, sua marca de líder. Téo, após três mandatos como Senador é, na opinião majoritária de prefeitos e deputados, o governador que salvou os municípios alagoanos do colapso financeiro e social.

Agora é a vez de Renan Filho passar o bastão. Assim como Ronaldo, deixará o governo após sete anos e com ótima avaliação popular. Também assim como Ronaldo inicia a disputa com favoritismo. Também em comum terá o mesmo adversário: Fernando Collor.

Quem primeiro chamou a atenção para o perfil de Renan Filho foi Renan “Pai”. Dizia pelos quatro cantos, quando era cobrado sobre espaços no início do governo. “Vamos ter calma. Ele é diferente”. E foi mesmo, no modelo de gestão e com a velha guarda do MDB, responsável direto pela eleição contra Biu de Lira.

Não há como definir o “ser diferente” que Renan explorava, mas ser diferente entre os iguais é um posicionamento de risco futuro. E o futuro chegou para Renan Filho. Se vencer a eleição para o Senado, mantendo o favoritismo de hoje, será a resposta natural dos alagoanos, muito mais pelo ajuste fiscal e investimentos com recursos próprios do que pelo trato com os iguais da política (olha eles aí).

Renan Filho segue numa agenda insana. Com entrega de obras e ordens de serviço diárias, inclusive domingos e feriados. Certamente terá êxito nas urnas, mas dificilmente fará o sucessor com o DNA 15 (MDB). OPA!!!

Portanto, o próximo governador precisa ser melhor que Renan Filho, seguindo a linha do tempo na sucessão estadual desde o impeachment de Suruagy.

Quem será? Tudo no seu tempo.