Wadson Regis

O Brasil de olho num alagoano. É o que veremos logo mais

O Brasil não vai parar. Alagoas muito menos. Mas hoje é um daqueles dias marcantes para a história do país. O Senado e a Câmara escolherão seus presidentes. E daí, o que temos a ver com isso? Simplesmente o futuro do amanhã, bem ali, a partir de hoje.

Alagoas, mais uma vez, está no papel de protagonista. Já foi com Deodoro e Floriano Peixoto, no início da República, pondo fim a quase 70 anos de monarquia; com Collor na redemocratização, após 21 anos do regime militar e Renan Calheiros, único senador a presidir o Congresso Nacional por quatro vezes.

Collor e Renan estão aí, com mais de 40 anos de vida pública. Não podemos dizer que o tempo foi cruel com eles, simplesmente porque hoje no baixo clero da política nacional. Se estão lá por tanto tempo é porque conhecem, como poucos, os caminhos e atalhos da longevidade política.

O dia de hoje será emblemático para o país que pode, caso Baleia Rossi (MDB/SP) vença o alagoano Arthur Lira (PP), acelerar a onda de mais um impeachment presidencial.

Para nós é mais que isso. Quem diria que a governabilidade do país voltasse a depender de um dos nossos tupiniquins?  Arthur nunca foi líder ou referência por aqui. Também nunca apanhou e lutou tanto, desde 1992, quando iniciou sua trajetória na política.

O Arthur que hoje disputa a presidência da Câmara Federal tem 30 anos de vida pública. Dizem os especialistas que até burro aprende os caminhos e atalhos com a rotina e repetição. Artur, sabemos nós, burro não é. Líder, sim, do PP e de um grupo significativos de deputados que representam todos os estados do país.

Com o apoio declarado do presidente da República, o nosso Arthur, filho do guerreiro Benedito (ou Biu), está pronto, preparado e armado com o que tem de melhor para vencer uma batalha que, no caso de êxito, encaminha para manter o rumo do Brasil e alterar os caminhos de Alagoas.

Se vencer – e é favorito – Arthur, como escrevi aqui há quase um ano, toma o posto de Renan, o último líder político de Alagoas com protagonismo no país. Se for o segundo mais votado, sairá bem machucado, mas dizem nos corredores que será o mais novo alagoano Ministro de Estado. Se maior ou menor, as circunstâncias vão dizer.

Wadson Regis

Wadson Regis

Sobre

Jornalista profissional, formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é editor-geral do AL1.

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